O projeto cripto World, liderado por Sam Altman, cofundador da OpenAI, marcou um avanço significativo ao lançar oficialmente sua moeda digital, Worldcoin (WLD), nos Estados Unidos. A estreia, anunciada em 30 de abril de 2025, ocorre em seis cidades-chave: Atlanta, Austin, Los Angeles, Miami, Nashville e San Francisco. Junto ao lançamento, a World Network revelou uma parceria estratégica com a Visa para introduzir o “World Visa Card”, um cartão de débito que permitirá aos usuários gastar WLD e outras criptomoedas em milhões de estabelecimentos que aceitam Visa. Esse movimento reforça a missão do projeto de integrar criptomoedas ao cotidiano e verificar a identidade humana em um mundo dominado por inteligência artificial.
Como funciona o projeto World?
O World, anteriormente conhecido como Worldcoin, é um ecossistema blockchain que combina verificação de identidade biométrica com uma criptomoeda. Para obter um World ID, usuários escaneiam suas íris usando um dispositivo esférico chamado Orb, que cria um código único para confirmar que são humanos, distinguindo-os de bots de IA. Em troca, recebem tokens WLD, com novos usuários nos EUA ganhando 16 WLD e usuários já registrados no aplicativo World recebendo um “pioneer grant” de 150 WLD. A plataforma já verificou 12 milhões de pessoas em mais de 100 países, acumulando 26 milhões de usuários no World App, e agora mira atingir 180 milhões de americanos até o final de 2025.
A parceria com a Visa é um marco crucial. O World Visa Card, previsto para ser lançado no verão de 2025, será vinculado ao World App, permitindo que usuários gastem seus ativos digitais diretamente em comerciantes, que recebem pagamentos em moeda fiduciária. Isso elimina a necessidade de conversão manual de criptomoedas, tornando o processo mais acessível. Além disso, o cartão exige um World ID verificado, reforçando a segurança e a autenticidade das transações. A iniciativa reflete o esforço da World Network para criar uma ponte entre cripto e finanças tradicionais, oferecendo funcionalidades como transferências de ativos digitais e câmbio de moedas.
Impactos e inovações
O lançamento nos EUA ocorre em um momento favorável, com a administração Trump adotando uma postura mais amigável às criptomoedas, ao contrário da abordagem regulatória rigorosa do governo anterior. Isso deu à Tools for Humanity, empresa por trás do projeto, confiança para expandir nos EUA, embora o token WLD ainda não esteja disponível em Nova York devido a restrições estaduais. A World também anunciou uma parceria com o Match Group, dono de aplicativos como Tinder, para um programa piloto de verificação de identidade no Japão, visando garantir que perfis em apps de namoro representem pessoas reais.
O projeto não está isento de controvérsias. A coleta de dados biométricos levantou preocupações sobre privacidade, com investigações em curso em países como Hong Kong, Cingapura e Quênia. A World assegura que os dados dos usuários permanecem armazenados apenas em seus dispositivos, usando sistemas criptográficos avançados, como Computação Multi-Partes Anonimizada e Provas de Conhecimento Zero, para proteger a privacidade. Apesar das críticas, a valorização de mercado do WLD, que atingiu quase 1,4 bilhão de dólares, e o aumento de 23,59% no preço do token na última semana demonstram o entusiasmo do mercado.
Perspectivas futuras
A World Network planeja expandir ainda mais, integrando novos serviços ao World App, como o World Chat, um sistema de mensagens com transferências cripto embutidas. A visão de Sam Altman é que o World ID se torne um padrão global para verificação de humanidade, potencialmente servindo como base para renda básica universal em um futuro impactado pela automação de IA. A parceria com a Visa e a expansão nos EUA são passos estratégicos para tornar o WLD uma moeda prática e amplamente aceita, desafiando carteiras cripto tradicionais.
Desafios regulatórios e éticos persistem, mas o respaldo de investidores como Andreessen Horowitz e a liderança de Altman posicionam a World como um player influente no mercado cripto. O sucesso dependerá de sua capacidade de equilibrar inovação, privacidade e confiança dos usuários.
Você acha que o World Visa Card pode popularizar o uso de criptomoedas? Escanearia sua íris para obter um World ID? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe esta matéria para continuar a discussão!
Fontes
The Verge, Cointelegraph, Reuters, CryptoTimes, CoinDesk