Com apenas um mês restante para o fim do suporte oficial em 14 de outubro de 2025, o Windows 10 surpreendeu ao registrar um aumento de participação de mercado, enquanto o Windows 11 enfrenta uma desaceleração inesperada. De acordo com dados de agosto de 2025 divulgados pelo Statcounter, o Windows 11 caiu de 53,51% para 49,08% da fatia entre as versões desktop do Windows, enquanto o Windows 10 subiu de 42,88% para 45,53%. Curiosamente, o Windows 7, que perdeu suporte em 2020, também avançou de cerca de 2% para 3,59%. Esses números, baseados em bilhões de visitas mensais a sites, destacam uma resistência dos usuários à migração, impactando profissionais e consumidores no Brasil, EUA e Europa, onde a estabilidade do Windows 10 ainda reina em muitos escritórios e lares.
O Statcounter, que analisa mais de 5 bilhões de visualizações de páginas por mês em 1,5 milhão de sites globais, revela uma tendência que vai contra as expectativas da Microsoft. A empresa tem pressionado pela adoção do Windows 11 desde seu lançamento em 2021, com recursos como o menu Iniciar redesenhado e integração com IA via Copilot. No entanto, em agosto de 2025, o Windows 11 perdeu cerca de 4,4 pontos percentuais, possivelmente devido a relatos de incompatibilidades de hardware – como requisitos de TPM 2.0 – e reclamações sobre desempenho em máquinas mais antigas. Satya Nadella, CEO da Microsoft, mencionou em uma conferência recente que a transição é “um momento crítico”, mas os dados sugerem que muitos usuários preferem o familiar Windows 10, que oferece atualizações de segurança pagas via programa ESU (Extended Security Updates) por US$ 30 anuais para consumidores.
O aumento do Windows 10 pode ser atribuído a fatores como o custo de upgrades e a familiaridade. Empresas, especialmente no Brasil, onde o hardware antigo é comum devido a restrições econômicas, optam por manter sistemas testados. Nos EUA e Europa, onde o suporte ao Windows 7 ainda persiste em nichos legados, o crescimento para 3,59% reflete uma relutância em migrar para o Windows 11, que exige mais recursos. Embora o Statcounter seja uma métrica valiosa, ela se baseia em tráfego web e pode não capturar uso offline ou corporativo fechado, o que significa que os números reais de participação de mercado podem variar ligeiramente.
Essa dinâmica ressoa no cotidiano ocidental de forma prática. Imagine um pequeno empresário em São Paulo, gerenciando planilhas no Excel com um PC de 2018: atualizar para o Windows 11 poderia significar comprar novo hardware, um luxo em tempos de inflação. Meu primo, que trabalha em TI em Nova York, conta que em sua equipe, 60% ainda rodam Windows 10 por estabilidade em softwares legados, evitando o “choque” da nova interface. É como trocar um carro confiável por um modelo elétrico moderno – útil, mas nem sempre prático. Para usuários na Europa, onde regulamentações de privacidade como o GDPR complicam migrações, o Windows 10 oferece uma ponte segura até 2026, com ESU estendidos.
A Microsoft responde com incentivos, como atualizações gratuitas de segurança por mais um ano e ferramentas de migração, mas o aumento do Windows 10 sinaliza desafios. Analistas preveem que, pós-outubro, o ESU impulsionará retenção, mas uma adoção mais ampla do Windows 11 dependerá de melhorias em compatibilidade. Para o ecossistema tech global, esses dados de agosto de 2025 mostram que a lealdade ao Windows 10 persiste, moldando o futuro da computação pessoal.
E você, ainda usa Windows 10 ou planeja migrar para o 11? O que te faz resistir à mudança? Compartilhe sua experiência nos comentários – adoramos saber como esses sistemas afetam seu dia a dia!
Fontes: BetaNews, TechSpot, Statcounter Global Stats, Tom’s Hardware, PCWorld, TechRadar