No último domingo, 8 de junho de 2025, diversos usuários do aplicativo Waze relataram nas redes sociais e fóruns de tecnologia um comportamento inesperado: o sistema de navegação começou a direcionar motoristas por rotas que incluíam pedágios não planejados, mesmo com a opção “Evitar pedágios” ativada nas configurações.
As reclamações se espalharam rapidamente em plataformas como Reddit, Twitter (X) e grupos de WhatsApp voltados à mobilidade urbana. Em contrapartida, usuários que utilizavam o Google Maps, também de propriedade da Alphabet, relataram que o serviço funcionava normalmente, respeitando as rotas sem pedágios quando configurado para tal.
O que aconteceu?
Segundo relatos analisados pela equipe do site Tutitech.jp, a falha do Waze parece ter afetado, principalmente, usuários nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, além de motoristas em partes dos EUA e Europa. Aparentemente, o problema está relacionado a uma falha de sincronização com o banco de dados de tarifas e rotas, o que fez o algoritmo de otimização de trajeto ignorar o filtro de pedágios em determinados casos.
Um dos relatos mais compartilhados veio do motorista de aplicativo Bruno S., de São Paulo, que contou:
“Ativei a função de evitar pedágios como sempre faço, mas o Waze me levou por três portagens em um trajeto que normalmente passa por vias gratuitas. Só percebi depois de pagar R$ 50 em tarifas.”
Google Maps não foi afetado
Enquanto isso, o Google Maps continuou funcionando corretamente. Usuários que alternaram entre os dois aplicativos confirmaram que, ao usar o Maps, as rotas foram recalculadas respeitando a preferência por evitar pedágios. Essa diferença levantou questionamentos sobre a consistência dos dados utilizados pelos dois apps, apesar de ambos serem mantidos pela mesma empresa-mãe.
Especialistas em mobilidade urbana afirmam que o Waze, por priorizar dados em tempo real gerados pela própria comunidade, pode estar mais sujeito a erros temporários se houver falhas de integração com servidores centrais. Já o Google Maps, que depende de uma base de dados cartográfica mais estática e validada, tende a ser mais estável nesse tipo de situação.
Resposta oficial do Waze
Até o fechamento desta matéria, o Waze ainda não havia emitido uma nota oficial explicando a causa exata da falha. No entanto, um representante da empresa respondeu a alguns usuários via suporte técnico dizendo que “a equipe está ciente da instabilidade e trabalha para resolver a situação o mais rápido possível”.
Embora o problema pareça ter sido resolvido parcialmente durante a madrugada desta segunda-feira (9), muitos motoristas já haviam sido impactados financeiramente, e pedem reembolso dos valores pagos, especialmente usuários de transporte por aplicativo que tiveram prejuízo direto.
Como se proteger de futuras falhas
Enquanto a empresa não confirma a resolução definitiva do problema, especialistas recomendam:
- Verificar a rota com antecedência, especialmente em viagens longas;
- Utilizar o Google Maps como alternativa temporária;
- Habilitar notificações de tráfego e pedágio nos apps;
- Registrar capturas de tela e recibos, caso precise solicitar reembolso ao suporte.
Para usuários que dependem do aplicativo profissionalmente, como motoristas de entrega e transporte, uma falha como essa representa não apenas custo, mas também perda de tempo e confiança na tecnologia.
E você? Já passou por alguma situação parecida com apps de navegação? Compartilhe sua experiência nos comentários e ajude outros leitores a evitarem problemas!
Fontes:
Relatos de usuários em redes sociais, Reddit, The Verge, Google Support, análise técnica de especialistas em mobilidade urbana