🔋🤔 Volkswagen cobra por potência extra no elétrico ID.3

Volkswagen cobra assinatura para liberar potência total do ID.3

A Volkswagen deu um passo polêmico no modelo de negócios de seus veículos elétricos ao adotar um sistema de assinatura paga para liberar a potência total do ID.3, hatch elétrico que, apesar de não estar disponível no Brasil, tem ganhado relevância nos mercados europeus. A iniciativa segue a tendência crescente de transformar recursos dos veículos em serviços digitais ativáveis sob demanda — uma espécie de “DLC automotivo”.

Potência por assinatura

O ID.3 é anunciado com 201 cavalos de potência (cv). No entanto, o modelo é capaz de atingir 228 cv, potência que só é desbloqueada mediante pagamento. O pacote oferecido pela Volkswagen dá ao motorista duas opções de cobrança:

• Assinatura mensal: US$ 22
• Assinatura anual: US$ 222
• Compra vitalícia: US$ 874 (valor único; o recurso permanece ativo mesmo após revenda)

Em outras palavras, a potência já está fisicamente presente no veículo, mas restrita por software, sendo liberada apenas quando o proprietário paga pelo acesso. Esse desbloqueio é feito de forma remota, sem necessidade de levar o carro à concessionária.

O carro é seu, mas a potência… depende

A ideia de pagar extra para desbloquear algo que já está dentro do carro levanta questões éticas e comerciais. Por um lado, os defensores da prática afirmam que isso permite preços mais acessíveis na entrada, com o cliente escolhendo depois se deseja os recursos premium. Por outro, críticos argumentam que o consumidor paga por algo que já está fisicamente instalado, mas que fica artificialmente “trancado”.

No caso da compra vitalícia, o desbloqueio é vinculado ao veículo, ou seja, mesmo que o carro seja revendido, o novo proprietário terá acesso aos 228 cv sem precisar pagar novamente — algo que pode valorizar o automóvel no mercado de usados.

Uma tendência que veio para ficar?

A Volkswagen não é a única a adotar esse modelo. Marcas como BMW, Tesla e Mercedes-Benz já testaram recursos pagos por assinatura para funções como aquecimento de bancos, piloto automático avançado, ou direção semi-autônoma. A indústria automobilística parece cada vez mais inclinada a tratar o carro como uma plataforma digital, onde novas receitas são geradas com serviços adicionais pós-venda.

No entanto, essa mudança ainda enfrenta resistência dos consumidores, especialmente em mercados mais tradicionais. Muitos veem com desconfiança a ideia de comprar um carro e ainda precisar pagar mensalidade para aproveitar todo o potencial da máquina.

O Brasil está fora — por enquanto

O ID.3 ainda não é vendido oficialmente no Brasil, embora a Volkswagen tenha planos de ampliar sua linha de elétricos no país. Caso essa estratégia de cobrança por funcionalidades extras se consolide na Europa, é provável que ela chegue também a outros mercados nos próximos anos.

Você aceitaria pagar por mais potência no seu carro?
Ou acredita que, se o recurso está no veículo, já deveria estar disponível? Deixe sua opinião nos comentários!

Fontes:
Volkswagen Newsroom, Electrek, AutoCar, InsideEVs, Top Gear