📺 Virada Histórica: Streaming Supera TV nos EUA pela 1ª Vez

Streaming Supera TV
Imagem ilustrativa gerada por IA

Um marco histórico foi alcançado na forma como o conteúdo é consumido nos Estados Unidos, sinalizando uma mudança de poder definitiva na indústria do entretenimento. Pela primeira vez, a audiência combinada das plataformas de streaming superou a soma da TV aberta e da TV por assinatura. Segundo o mais recente relatório “The Gauge” da Nielsen, empresa global de medição de audiência, o streaming representou 44,8% de todo o consumo de televisão em maio, um número que, embora pareça uma margem pequena, é carregado de um simbolismo imenso para o futuro da mídia.

Os números detalhados do relatório pintam um quadro claro da nova realidade. Enquanto o streaming consolidava sua liderança com 44,8% da preferência do público, os pilares tradicionais da televisão, a TV aberta e a TV a cabo, somaram juntos 44,2% do tempo de visualização. Desmembrando os dados, a TV a cabo foi responsável por 24,1% da audiência, enquanto a TV aberta, que por décadas foi o principal meio de comunicação em massa, deteve apenas 20,1%. Este ponto de inflexão não é um evento isolado, mas a culminação de uma tendência de migração que vem se acelerando ano após ano, impulsionada pela conveniência, variedade de conteúdo e pela mudança de hábito dos consumidores, especialmente das gerações mais novas.

Dentro do universo do streaming, dois gigantes se destacam como principais motores desse crescimento avassalador: YouTube e Netflix. O YouTube, em particular, teve um desempenho fenomenal. A plataforma do Google não só viu sua audiência disparar mais de 120% desde maio de 2021, como também alcançou um recorde impressionante no mês passado, respondendo sozinho por 12,5% de toda a audiência televisiva nos EUA. Este é o maior percentual já alcançado por uma única plataforma de streaming desde que a Nielsen começou a fazer essa medição, consolidando o YouTube não apenas como um repositório de vídeos, mas como um player central no consumo de conteúdo de longa duração. A Netflix, por sua vez, demonstrou sua força e resiliência, com um crescimento robusto de 27% no mesmo período, provando que mesmo as plataformas mais maduras continuam a expandir seu alcance.

Essa virada histórica é o resultado direto do fenômeno conhecido como “cord-cutting” (o cancelamento de pacotes de TV por assinatura). Os consumidores estão cada vez mais trocando os caros e inflexíveis pacotes de canais por um cardápio personalizado de serviços de streaming. A liberdade de escolher o que assistir, quando assistir e sem interrupções comerciais (na maioria dos planos) transformou a expectativa do público. Para as emissoras tradicionais e operadoras de cabo, este é um momento crítico que exige uma reinvenção profunda. Empresas como Disney, Warner Bros. Discovery e Paramount estão em uma corrida para construir seus próprios serviços de streaming lucrativos, ao mesmo tempo em que tentam gerenciar o declínio inevitável de suas fontes de receita tradicionais.

É crucial notar que todos esses dados se referem exclusivamente ao mercado dos Estados Unidos. A Nielsen não forneceu informações comparáveis sobre outros países em seu relatório de maio. No entanto, o mercado norte-americano é frequentemente visto como um indicador de tendências globais. A mudança de comportamento observada nos EUA provavelmente reflete um movimento que já está acontecendo, ou que irá acontecer, em diferentes velocidades ao redor do mundo. A ascensão do streaming é um fenômeno global, e este marco histórico servirá de estudo de caso para executivos de mídia e anunciantes em todos os continentes, que agora veem a confirmação de que o futuro da televisão é, inegavelmente, digital e sob demanda.

Nota de Transparência: As informações e dados numéricos apresentados nesta matéria são baseados no relatório “The Gauge” de maio, divulgado pela empresa de medição de audiência Nielsen. Os dados referem-se exclusivamente ao mercado dos Estados Unidos, não havendo informações comparáveis para outros países neste relatório específico.

Como é o seu consumo de TV hoje? Você assiste mais a canais tradicionais ou já migrou completamente para o streaming? Compartilhe sua experiência nos comentários!

Fontes:

Nielsen News Center, The Hollywood Reporter, Variety, The Verge

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