
A SpaceX, empresa de Elon Musk, anunciou oficialmente o lançamento do Starlink Mini no Brasil, marcando um avanço significativo na conectividade para áreas remotas do país. Conforme informado em postagens no X, a Starlink Mini já está disponível para compra online diretamente no site oficial da empresa, com preços a partir de R$ 2.000 para o equipamento e uma assinatura mensal de R$ 92 para o serviço. Esse novo dispositivo promete revolucionar o acesso à internet em regiões onde a infraestrutura tradicional de cabos e torres é limitada, como áreas rurais, fazendas e até mesmo no coração da Amazônia.

O Starlink Mini é uma versão compacta da antena de internet via satélite da SpaceX, projetada para ser portátil e fácil de usar. Com dimensões de aproximadamente 30x25x3.8 cm e pesando apenas 0.9 kg, o dispositivo é pequeno o suficiente para caber em uma mochila, tornando-o ideal para quem precisa de conectividade em movimento, como viajantes, nômades digitais e operadores de eco-lodges. A configuração é simples e pode ser feita em poucos minutos com a ajuda do aplicativo Starlink, que orienta o usuário a encontrar um ponto com visão clara do céu para garantir a melhor recepção do sinal.
A tecnologia por trás do Starlink Mini utiliza a constelação de satélites de baixa órbita da SpaceX, que já conta com mais de 7.000 satélites ativos, conforme reportado pela CNET. Essa rede permite oferecer internet de alta velocidade com latência baixa, algo essencial para atividades como streaming, videochamadas e navegação em geral. Testes realizados com o Starlink Mini indicam velocidades de download entre 20 Mbps e 100 Mbps, com upload de até 25 Mbps, números impressionantes para um serviço via satélite. Além disso, o dispositivo é alimentado por USB-PD, o que significa que pode ser conectado a fontes de energia portáteis, como power banks, desde que se utilize um cabo USB-C para 5521, vendido separadamente.
No Brasil, o lançamento ocorre em um momento estratégico. Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou a expansão da operação da Starlink no país, permitindo que a empresa utilize até 7.500 satélites adicionais para melhorar a cobertura e a qualidade do serviço, segundo informações do Teslarati e do ET Telecom. Essa decisão mais que dobrou a capacidade anterior da Starlink, que era de 4.408 satélites, e incluiu a liberação de novas faixas de frequência. Apesar disso, a Anatel destacou a necessidade de atualizar o marco regulatório brasileiro para lidar com questões como sustentabilidade espacial e soberania digital, indicando que o mercado de internet via satélite ainda enfrenta desafios complexos.
O preço do Starlink Mini no Brasil é competitivo quando comparado ao mercado internacional. Nos Estados Unidos, o kit é vendido por US$ 599, mas já chegou a ser oferecido por US$ 449 em promoções recentes, conforme reportado pela NotebookCheck. No Brasil, o valor de R$ 2.000 (cerca de US$ 360, considerando a cotação atual) torna o dispositivo uma opção acessível para quem busca conectividade confiável em áreas remotas. A assinatura de R$ 92 por mês é outro atrativo, especialmente para o plano “Roam 50GB”, que permite o uso em movimento com um limite de 50 GB de dados mensais.
Para os brasileiros, o impacto do Starlink Mini pode ser transformador. Áreas remotas da Amazônia, que historicamente sofrem com a falta de infraestrutura de internet, agora têm a chance de se conectar ao mundo digital. Isso pode impulsionar setores como agricultura, educação e turismo, permitindo que fazendas monitorem cultivos em tempo real, crianças tenham acesso a aulas online e eco-lodges atraiam turistas que buscam conectividade mesmo em destinos isolados. Além disso, a portabilidade do dispositivo o torna uma solução prática para situações de emergência, como desastres naturais, onde a comunicação é crucial.
Embora o lançamento seja uma notícia empolgante, é importante que os consumidores fiquem atentos a possíveis golpes online, como alertado por usuários no X. A recomendação é adquirir o Starlink Mini exclusivamente pelo site oficial da empresa para evitar fraudes.
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Fontes: Teslarati, ET Telecom, CNET, NotebookCheck, X