💾 SanDisk Planeja SSD de 1 PB com UltraQLC para 2027

A SanDisk, uma das líderes globais em soluções de armazenamento, surpreendeu o mercado ao revelar, durante seu Investor Day em fevereiro de 2025, planos ambiciosos para desenvolver SSDs (unidades de estado sólido) com capacidade de até 1 petabyte (1 PB), equivalente a 1.024 terabytes. Esse avanço, baseado na inovadora plataforma UltraQLC, promete revolucionar o armazenamento de dados, atendendo à crescente demanda por soluções de alta capacidade impulsionadas por inteligência artificial (IA), big data e computação em hiperescala. Embora a empresa não tenha definido uma data exata de lançamento, especialistas estimam que os primeiros modelos de 1 PB possam chegar ao mercado até 2027, marcando um salto tecnológico impressionante.

A plataforma UltraQLC é o coração dessa inovação. Diferente de uma nova memória em si, ela combina a tecnologia BICS 8 QLC 3D NAND, desenvolvida em parceria com a Kioxia, com um controlador proprietário avançado de 64 canais e firmware otimizado. Esse controlador é o grande destaque: equipado com aceleradores de hardware específicos, ele reduz a latência, aumenta a largura de banda e melhora a confiabilidade, mesmo em SSDs de altíssima densidade. Inicialmente, a SanDisk planeja lançar SSDs UltraQLC com 128 terabytes ainda em 2025, utilizando chips NAND de 2 terabits. A escalada continuará com modelos de 256 TB em 2026 e 512 TB em 2027, até alcançar o tão aguardado 1 PB.

Por que 1 petabyte importa? Um SSD com essa capacidade poderia armazenar cerca de 200 milhões de músicas em MP3 ou mais de 250 mil horas de vídeo em alta definição – números que impressionam tanto consumidores quanto empresas. Para o Japão, um país líder em tecnologia e inovação, essa novidade pode ter impactos significativos. Setores como produção de anime, desenvolvimento de jogos e pesquisa em IA, que exigem grandes volumes de dados, podem se beneficiar diretamente. Além disso, data centers japoneses, como os operados pela NTT e pela SoftBank, poderiam otimizar espaço e energia com esses drives de altíssima densidade.

A SanDisk destaca que a UltraQLC foi projetada para equilibrar três pilares: capacidade, desempenho e eficiência energética. O controlador ajusta dinamicamente o consumo de energia conforme a carga de trabalho, enquanto um multiplexador de barramento avançado gerencia a alta demanda de dados dos módulos QLC 3D. Isso é crucial, pois SSDs de maior capacidade tendem a sacrificar velocidade ou confiabilidade – um problema que a SanDisk afirma ter superado. Khurram Ismail, novo chefe de engenharia da empresa, afirmou: “A UltraQLC reflete décadas de experiência para atender às infraestruturas de dados modernas sem comprometer nada.”

O caminho até 1 PB, porém, não será simples. A SanDisk reconhece que depende do avanço da tecnologia NAND para atingir essa meta. Os chips de 2 terabits já são um marco, mas modelos futuros com maior densidade serão necessários. Além disso, o custo inicial desses SSDs pode ser proibitivo para consumidores comuns, mirando inicialmente o mercado corporativo e de data centers. No Japão, onde a adoção de novas tecnologias é rápida, isso pode significar uma vantagem competitiva para empresas locais que investirem cedo na solução.

A concorrência também está aquecida. Samsung, outra gigante do setor, já anunciou planos para SSDs de 1 PB até 2033, enquanto empresas como Solidigm e Western Digital (da qual a SanDisk faz parte) competem por avanços similares. A SanDisk, no entanto, parece estar na dianteira com a UltraQLC, que já tem um roadmap definido até 512 TB. A separação iminente da SanDisk da Western Digital, prevista para 2025, pode ainda acelerar esse desenvolvimento, dando à marca mais autonomia para inovar.

Para os entusiastas de tecnologia no Japão, o anúncio reacende o fascínio por dispositivos de ponta. Um SSD de 1 PB poderia transformar desde o armazenamento de coleções pessoais de mídia até o suporte a projetos de machine learning em universidades como a de Tóquio. Embora o preço e a data exata de lançamento permaneçam incógnitas, o futuro do armazenamento parece cada vez mais próximo – e gigantesco.

Fontes: NotebookCheck.net, Tom’s Hardware, WinFuture, TechRadar, Forbes

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