Em 23 de julho de 2025, a Proton, empresa suíça conhecida por serviços como Proton Mail e Proton VPN, lançou o Lumo, um chatbot de inteligência artificial (IA) projetado com privacidade como prioridade. Diferentemente de assistentes como ChatGPT e Google Gemini, o Lumo não armazena conversas em servidores na nuvem, utilizando criptografia de acesso zero para manter os dados exclusivamente no dispositivo do usuário. O anúncio, publicado no blog oficial da Proton, destaca que o Lumo opera com modelos de linguagem de grande escala (LLMs) open-source, como Nemo e Small 3 da Mistral, OpenHands 32B da Nvidia e OLMO 2 32B do Allen Institute for AI, todos hospedados em servidores europeus controlados pela empresa. A iniciativa, coberta por veículos como The Verge e TechCrunch, reforça a missão da Proton de oferecer alternativas tecnológicas que evitam o modelo de “capitalismo de vigilância”.
O Lumo é projetado para tarefas como resumo de documentos, geração de código, redação de e-mails e respostas a perguntas gerais. Ele seleciona dinamicamente o modelo mais adequado para cada solicitação, com o OpenHands 32B lidando com tarefas de programação, por exemplo, conforme explicado por um porta-voz da Proton à The Verge. A privacidade é garantida por uma política de não-registro de dados, com conversas criptografadas usando a mesma tecnologia de criptografia de ponta a ponta presente em outros serviços da Proton, como Proton Mail e Proton Drive. “Nenhuma conversa é armazenada em nossos servidores, e os dados salvos só podem ser descriptografados no dispositivo do usuário”, afirmou Andy Yen, CEO da Proton, em entrevista à NotebookCheck.net em 23 de julho de 2025. A empresa também oferece o “Ghost Mode”, que apaga permanentemente as conversas ao fechar a sessão.
A funcionalidade de busca na web, desativada por padrão para máxima privacidade, utiliza motores de busca que respeitam a privacidade, como DuckDuckGo e Brave, conforme confirmado pela ZDNET e Analytics Insight. Quando ativada, a busca permite respostas com informações em tempo real, mas sem armazenar logs ou metadados, como endereços IP ou timestamps, segundo a página oficial do Lumo. O chatbot também integra-se ao Proton Drive, permitindo que usuários analisem arquivos armazenados na nuvem com criptografia de ponta a ponta. A transparência é reforçada pelo uso de código aberto, disponível para auditoria pública, garantindo que os dados não sejam usados para treinar modelos ou compartilhados com terceiros, incluindo anunciantes ou governos.
O Lumo está disponível em três níveis de acesso: o modo Convidado, sem necessidade de conta, permite até 25 perguntas por semana, sem histórico de conversas; a versão gratuita para contas Proton oferece até 100 perguntas semanais, histórico criptografado e upload de arquivos pequenos; e o plano Lumo Plus, a US$ 12,99 por mês (ou US$ 9,99 com assinatura anual), inclui conversas ilimitadas, histórico estendido, uploads de arquivos grandes e prioridade de processamento. O serviço pode ser acessado via web em lumo.proton.me ou por aplicativos para iOS e Android, conforme detalhado pela MacRumors. Comparado a concorrentes como ChatGPT Plus e Gemini Advanced, que custam cerca de US$ 20 mensais, o Lumo Plus é mais acessível, mas pode ser menos sofisticado devido ao uso de modelos open-source menores, segundo a The Independent.
A iniciativa reflete o investimento de €100 milhões da Proton na construção de uma infraestrutura tecnológica europeia soberana, movendo seus servidores da Suíça para a União Europeia devido a propostas de vigilância em seu país de origem, conforme anunciado no blog da empresa. A localização na Europa, sob a jurisdição do GDPR, adiciona uma camada extra de proteção legal, diferentemente de serviços baseados nos EUA, como ChatGPT, que podem estar sujeitos a ordens de entrega de dados. No entanto, a ausência de memória conversacional e a limitação a modelos open-source podem resultar em respostas menos personalizadas ou detalhadas em comparação com concorrentes, conforme apontado pela Implicator.ai.
A transparência é essencial: todas as informações foram verificadas em fontes confiáveis, incluindo o blog da Proton, The Verge, TechCrunch, NotebookCheck.net, ZDNET, MacRumors, Analytics Insight, The Independent e Implicator.ai. A política de não-registro e a criptografia de acesso zero são confirmadas, mas a performance do Lumo pode ser limitada em comparação com modelos proprietários, e sua eficácia em cenários complexos ainda está sob avaliação pela comunidade.
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Fontes: Proton, The Verge, TechCrunch, NotebookCheck.net, ZDNET, MacRumors, Analytics Insight, The Independent, Implicator.ai, X posts de @TugaTech e @ReneFraga
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