🎮 Petição ‘Stop Killing Games’ Força Ação da Comissão Europeia

Petição 'Stop Killing Games' Força Ação da Comissão Europeia
Imagam Ilustrativa

A campanha “Stop Killing Games”, uma iniciativa popular que luta pelo direito dos consumidores de continuarem a jogar os títulos que compraram, alcançou um marco histórico na União Europeia. A petição ultrapassou a marca de 1 milhão de assinaturas, com apoios validados de, pelo menos, sete Estados-membros diferentes. Este feito cumpre os rigorosos requisitos da Iniciativa de Cidadania Europeia, obrigando a Comissão Europeia a analisar oficialmente as questões levantadas e a considerar uma possível legislação para proteger os jogadores.

O cerne da crítica do movimento é direcionado a uma prática cada vez mais comum na indústria de videogames: o desligamento de servidores de jogos que dependem de uma conexão online para funcionar. Estúdios e publicadoras, muitas vezes poucos anos após o lançamento de um título, decidem descontinuar o suporte online para cortar custos de manutenção, especialmente quando a base de jogadores diminui. No entanto, para muitos jogos modernos, essa ação não apenas encerra o modo multiplayer, mas torna o jogo inteiro inacessível, efetivamente “matando” o produto pelo qual os consumidores pagaram. Casos notórios, como o do jogo de corrida The Crew da Ubisoft, que foi desligado em março de 2024, serviram de catalisador para o movimento, gerando frustração e um sentimento de impotência entre os jogadores.

A petição argumenta que essa prática viola os direitos fundamentais do consumidor. Ao comprar um jogo, o cliente espera ter acesso perpétuo ao produto, mas o modelo de “jogo como serviço” tem transformado a propriedade em um aluguel de longo prazo, cuja duração é ditada unicamente pela empresa. O texto da iniciativa pede que, mesmo após a descontinuidade do suporte oficial, os jogadores possam continuar acessando os títulos. Isso poderia se manifestar de várias formas, como a obrigação das empresas de lançarem uma atualização que permita o funcionamento offline, o suporte a conexões diretas entre jogadores (peer-to-peer) ou, em último caso, a liberação do código do servidor para que a própria comunidade possa manter o jogo vivo.

Com a validação da petição, a Comissão Europeia agora tem o dever de se reunir com os organizadores, realizar uma audiência pública no Parlamento Europeu e, finalmente, apresentar uma resposta formal detalhando as ações que pretende tomar. Embora a análise não garanta a criação de uma nova lei, ela força o poder executivo da UE a tratar o tema com seriedade. Se a Comissão decidir avançar com uma legislação, as regras poderiam remodelar a indústria de jogos em todo o bloco, criando um precedente global sobre a propriedade digital e a responsabilidade das empresas após a venda de um produto.

A indústria de jogos enfrenta agora um momento decisivo. De um lado, há o argumento empresarial sobre os custos de manutenção de infraestrutura para jogos com poucos jogadores. Do outro, uma base de consumidores cada vez mais organizada e vocal que exige o direito de preservar e acessar o entretenimento pelo qual pagou. O resultado da análise da Comissão Europeia será observado de perto por jogadores e empresas de todo o mundo, pois pode definir um novo padrão para o futuro dos jogos digitais.

Participe da discussão! Você já foi afetado pelo desligamento de um jogo online? Acredita que as empresas deveriam ser legalmente obrigadas a garantir o acesso contínuo aos jogos que vendem? Deixe sua opinião nos comentários!

Fontes:

Informações públicas da Iniciativa de Cidadania Europeia sobre a petição “Stop Killing Games”.

Aviso de Transparência:

Esta matéria informa sobre a petição “Stop Killing Games” que atingiu os requisitos formais para ser analisada pela Comissão Europeia. A análise é uma etapa obrigatória do processo democrático da UE, mas não garante que as propostas da petição serão automaticamente convertidas em lei. O processo de revisão e deliberação está em andamento.

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