🤖♱ Papa Leão XIV cita IA como inspiração para seu nome

Papa Leão XIV cita IA como inspiração para seu nome

No dia 10 de maio de 2025, durante seu primeiro discurso oficial ao Colégio de Cardeais no Vaticano, o recém-eleito Papa Leão XIV surpreendeu o mundo ao revelar que a escolha de seu nome papal teve como uma de suas principais inspirações o avanço da inteligência artificial (IA). A afirmação gerou grande repercussão e simboliza uma possível nova fase da Igreja Católica diante das transformações tecnológicas do século XXI.

Nascido nos Estados Unidos sob o nome Robert Francis Prevost, Leão XIV foi eleito pontífice após a renúncia de seu antecessor, o Papa Francisco, devido à idade avançada e questões de saúde. Em sua primeira aparição pública na varanda central da Basílica de São Pedro, o novo papa fez apenas uma breve saudação. Contudo, foi em seu discurso privado com os cardeais, transmitido mais tarde pelo canal oficial do Vaticano, que ele explicou detalhadamente os motivos que o levaram a escolher o nome “Leão”.

Segundo suas próprias palavras:

“Vivemos uma nova revolução, impulsionada pela inteligência artificial, pela automação e pelas rápidas mudanças sociais e econômicas que ela traz. Escolhi o nome Leão em homenagem ao Papa Leão XIII, que soube responder aos desafios sociais do seu tempo com coragem e visão. Desejo que a Igreja continue esse caminho, enfrentando as novas questões éticas e humanas da era digital.”

A escolha de Leão XIII como referência não foi aleatória. O Papa Leão XIII, que ocupou o trono de Pedro de 1878 a 1903, é conhecido principalmente por sua encíclica Rerum Novarum, publicada em 1891, que tratava dos direitos dos trabalhadores em meio à Primeira Revolução Industrial. O documento é considerado o marco inicial da Doutrina Social da Igreja. Ao fazer esse paralelo, Leão XIV indica claramente que pretende atualizar os ensinamentos sociais católicos para abranger as transformações provocadas pela inteligência artificial, o trabalho automatizado e o impacto dessas tecnologias na dignidade humana.

Especialistas em Vaticano e teologia moral avaliam a fala como um sinal de que o novo papa terá um papado voltado para temas contemporâneos, como ética digital, privacidade de dados, impacto da automação sobre o emprego e os desafios das redes neurais e algoritmos na sociedade. Em entrevista à emissora italiana RAI, o teólogo Luca Tridenti comentou:

“O Papa Leão XIV entende que o papel da Igreja, hoje, não é apenas discutir teologia, mas também oferecer orientações morais diante das novas estruturas tecnológicas que estão moldando a vida humana.”

Além disso, durante seu discurso, Leão XIV destacou a importância de um diálogo construtivo entre fé, ciência e tecnologia. Ele afirmou que a Igreja não deve temer os avanços da ciência, mas sim acompanhar, refletir e propor caminhos que respeitem a dignidade humana e o bem comum.

“A tecnologia deve estar a serviço do ser humano, e nunca o contrário. Precisamos de sabedoria para não sermos escravizados pelas ferramentas que criamos”, declarou o pontífice.

A comunidade internacional também reagiu ao posicionamento do novo papa. Organizações como a UNESCO e o Parlamento Europeu elogiaram a iniciativa, afirmando que o envolvimento de lideranças religiosas nos debates sobre ética da IA é crucial para a construção de políticas mais humanizadas e equilibradas. Do outro lado, alguns setores mais conservadores da Igreja expressaram preocupação com a ênfase do novo pontífice em temas considerados “modernos demais”.

Apesar das divergências, é evidente que o pontificado de Leão XIV começa com um tom voltado para o futuro. Sua escolha de nome, associada a uma figura histórica progressista, e sua disposição para enfrentar os dilemas da era digital indicam que o Vaticano poderá exercer um papel mais ativo nas discussões éticas globais relacionadas à tecnologia.

A referência à inteligência artificial como uma das razões para a escolha do nome papal é, acima de tudo, um sinal de que a Igreja deseja manter-se relevante e presente nos grandes debates da humanidade. Resta acompanhar os próximos passos do novo papa e observar como essa visão será colocada em prática nos documentos oficiais e nas ações do Vaticano nos próximos anos.

Você acredita que a Igreja deve participar das discussões sobre inteligência artificial e tecnologia? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe essa matéria com quem se interessa por ética, fé e inovação.

Fontes: Vaticano, Olhar Digital, BBC, RAI, La Repubblica

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