A OpenAI anunciou recentemente uma atualização significativa no ChatGPT, reduzindo os avisos de conteúdo que anteriormente alertavam os usuários sobre possíveis violações das políticas de uso. Esses avisos, muitas vezes exibidos em caixas laranja, indicavam quando o conteúdo gerado poderia ser considerado sensível ou inadequado. Com a nova atualização, a empresa busca tornar as interações mais naturais e diminuir as recusas desnecessárias, mantendo, contudo, as principais medidas de segurança.

Laurentia Romaniuk, integrante da equipe de comportamento de modelos de IA da OpenAI, explicou que a mudança visa eliminar “negações gratuitas ou inexplicáveis”. Isso significa que os usuários verão menos mensagens de aviso ao abordar tópicos sensíveis. Nick Turley, chefe de produto do ChatGPT, reforçou que os usuários devem poder “usar o ChatGPT como acharem adequado”, desde que respeitem os limites legais e éticos estabelecidos.
É importante destacar que a remoção desses avisos não implica em uma liberação total do conteúdo. O ChatGPT continuará a recusar a geração de material perigoso, ilegal ou que promova desinformação. A atualização busca equilibrar a liberdade de expressão com a responsabilidade, permitindo discussões mais abertas sem comprometer a segurança e a ética.
Além disso, a OpenAI está explorando a implementação de um “modo adulto”, que permitiria a geração de conteúdo erótico e representações de violência gráfica em contextos apropriados, como científicos, históricos, jornalísticos ou criativos. No entanto, a empresa mantém uma postura firme contra conteúdos prejudiciais, incluindo deepfakes sexuais e pornografia de vingança. Sam Altman, CEO da OpenAI, já havia mencionado publicamente a necessidade de um “modo adulto”, e a empresa está avaliando maneiras de implementá-lo de forma segura e responsável.
O “Model Spec”, documento que define como os modelos de IA da OpenAI devem se comportar, foi recentemente expandido para 63 páginas e disponibilizado gratuitamente para uso ou modificação. As novas diretrizes enfatizam a personalização, transparência e liberdade intelectual, incentivando os modelos a engajarem-se em discussões verdadeiras enquanto mantêm posições morais claras sobre questões como desinformação e potencial dano. A especificação atualizada também aborda tópicos controversos, buscando um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a responsabilidade ética.
A OpenAI reafirma que suas Políticas de Uso continuam em vigor, especialmente no que diz respeito à proteção de menores. A geração de qualquer material sexual envolvendo menores permanece estritamente proibida. A empresa também destaca que, embora esteja explorando maneiras de permitir a geração de conteúdo sensível em contextos apropriados, mantém uma linha rígida contra usos potencialmente prejudiciais.
Com essas mudanças, espera-se que o ChatGPT possa responder a uma gama mais ampla de perguntas, oferecendo perspectivas diversas e reduzindo o número de recusas desnecessárias. A OpenAI está comprometida em alinhar o comportamento de seus modelos com os padrões sociais e considerações éticas em constante evolução, permitindo maior personalização por parte de usuários e desenvolvedores.
Em resumo, a atualização do ChatGPT representa um passo significativo na busca por interações mais naturais e abertas entre usuários e modelos de IA, equilibrando a liberdade de expressão com a responsabilidade ética e a segurança.
Fontes: The Verge, Band, TechCrunch, Binance, Amazonas Atual, OpenAI