A OpenAI está prestes a entrar no mundo do entretenimento cinematográfico de maneira inédita. A empresa, conhecida por suas ferramentas de inteligência artificial como o ChatGPT e o DALL·E, anunciou que lançará em 2026 o longa de animação Critterz, produzido majoritariamente com suas próprias tecnologias — incluindo o modelo GPT-5.
Com previsão de estreia global nos cinemas, Critterz marca a primeira vez que uma obra animada feita com ferramentas de IA será lançada com ambição de competir com grandes estúdios de Hollywood. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com os estúdios Native Foreign e Vertigo Films, e promete entregar nível de qualidade comparável a filmes de alto orçamento, mas com um investimento muito mais enxuto: menos de 30 milhões de dólares.
A produção também se destaca pela agilidade: estima-se que todo o filme será concluído em apenas nove meses — um feito quase impensável na indústria tradicional de animação, onde produções do mesmo porte podem levar entre três a cinco anos para serem finalizadas.
Uma nova era para o cinema?
Segundo fontes envolvidas no projeto, a maior parte do roteiro, storyboarding, animação conceitual e até vozes preliminares está sendo gerada ou assistida por ferramentas da própria OpenAI. Isso inclui:
- GPT-5 para roteiro e diálogos;
- DALL·E e outros modelos visuais para design e direção de arte;
- Whisper para processamento de áudio;
- Algoritmos internos para motion design e refinamento de animação.
A empresa deseja provar que a IA não é apenas um complemento criativo, mas pode ser a espinha dorsal de toda uma cadeia de produção audiovisual, reduzindo drasticamente os custos e prazos sem sacrificar a qualidade narrativa ou estética.
Parcerias estratégicas
A escolha dos estúdios Native Foreign e Vertigo Films não é casual. Ambos já exploraram formatos híbridos entre tecnologia e narrativa visual, e possuem experiência com produções independentes que dialogam com o público jovem adulto e digital-first. Com o suporte da OpenAI, a intenção é posicionar Critterz como um novo modelo de produção cinematográfica, onde a criatividade humana e a potência da IA atuam em colaboração.
IA como ferramenta, não substituto
Embora o uso de IA no cinema ainda gere polêmica — especialmente entre sindicatos e profissionais da indústria preocupados com a substituição de artistas humanos —, a OpenAI enfatiza que o projeto não visa eliminar funções criativas, mas sim ampliar o acesso e acelerar processos.
O diretor do filme, ainda não revelado, seria um profissional humano trabalhando em conjunto com os modelos da OpenAI, mostrando que o futuro do cinema pode estar menos na substituição e mais na co-criação assistida por IA.
Hollywood de olho
A estreia de Critterz será observada de perto pelos estúdios tradicionais. Se o projeto alcançar sucesso comercial e crítico, poderá abrir as portas para uma nova geração de filmes produzidos com IA, impactando não apenas a animação, mas também filmes live-action, séries e conteúdos interativos.
É uma aposta ousada: criar com IA o que estúdios fazem com centenas de artistas e orçamentos acima de US$ 150 milhões. Mas se alguém tem os recursos computacionais e a ambição para isso, é a OpenAI.
Você assistiria um filme feito com inteligência artificial? O que espera de uma animação como Critterz? Compartilhe sua opinião com a gente — a revolução criativa pode começar na sua tela!
Fontes:
TechCrunch, The Hollywood Reporter, Deadline, Variety, OpenAI Blog