Em um anúncio surpreendente, a OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, teria finalizado um acordo com o Google Cloud para utilizar sua infraestrutura de computação em nuvem, segundo informações publicadas pelo site Ars Technica em 11 de junho de 2025. Fontes com conhecimento do assunto, citadas em um relatório da Reuters e confirmadas pela Ars Technica, revelam que o contrato, assinado em maio de 2025, permitirá que a OpenAI treine e opere seus modelos de inteligência artificial, incluindo o ChatGPT, utilizando os recursos do Google. O movimento marca uma mudança significativa na estratégia da OpenAI, que até janeiro de 2025 dependia exclusivamente da infraestrutura da Microsoft Azure.
O acordo, conforme detalhado por Kenrick Cai e Krystal Hu, jornalistas da Reuters, reflete a crescente necessidade de capacidade computacional para atender à demanda por modelos de IA de grande escala, como os que alimentam o ChatGPT. Sam Altman, CEO da OpenAI, destacou em eventos recentes que a empresa enfrenta um aumento exponencial na demanda por computação, tanto para treinar modelos de linguagem quanto para executar inferências, que permitem aos usuários interagir com esses sistemas. Até o início de 2025, a OpenAI mantinha um contrato exclusivo com a Microsoft, que fornecia toda a infraestrutura de data centers necessária. Esse vínculo, no entanto, limitava parcerias com outros provedores de nuvem, como o Google. Após o término dessa exclusividade em janeiro, as negociações com o Google, que já ocorriam há meses, culminaram na assinatura do contrato.
A colaboração é considerada “surpreendente” por analistas da Scotiabank, conforme mencionado em uma nota aos investidores em 10 de junho de 2025. Isso porque a OpenAI e a DeepMind, unidade de pesquisa em IA do Google, são rivais diretas no desenvolvimento de modelos de inteligência artificial avançados. O ChatGPT, por exemplo, compete com o Gemini, do Google, e analistas apontam que o sucesso do ChatGPT representa uma ameaça crescente ao domínio do Google no mercado de buscas. Apesar disso, a necessidade de recursos computacionais massivos para IA parece ter superado a rivalidade, levando as empresas a uma parceria estratégica. “O acordo destaca que ambas estão dispostas a ignorar a competição para atender às enormes demandas computacionais”, afirmaram os analistas da Scotiabank.
A decisão da OpenAI também faz parte de um esforço mais amplo para diversificar suas fontes de computação. Além do Google Cloud, a empresa firmou parcerias com outros provedores, como a CoreWeave, em um contrato de US$ 4 bilhões anunciado em 6 de junho de 2025, e está envolvida no projeto Stargate, uma iniciativa de US$ 500 bilhões em colaboração com SoftBank e Oracle para construir data centers próprios. Essas ações indicam que a OpenAI busca reduzir sua dependência da Microsoft, que, apesar de continuar sendo um parceiro importante, agora negocia novos termos para sua participação acionária na empresa, conforme reportado pelo Financial Times.
Para o Google, o acordo é uma vitória significativa. A unidade Google Cloud, que gerou US$ 43 bilhões em vendas em 2024, representando 12% da receita total da Alphabet, fortalece sua posição como um fornecedor neutro para startups de IA, competindo diretamente com Amazon e Microsoft. A parceria com a OpenAI adiciona um cliente de peso ao portfólio, que já inclui empresas como Apple, Anthropic e Safe Superintelligence. No entanto, há desafios: a Alphabet enfrenta pressões para justificar seus investimentos de US$ 75 bilhões em IA em 2025, enquanto lida com preocupações sobre a concorrência do ChatGPT e possíveis ações antitruste.
As informações sobre o acordo são baseadas em fontes confiáveis citadas pela Reuters e Ars Technica, mas nem OpenAI, Google nem Microsoft comentaram oficialmente o assunto. A finalização do contrato em maio de 2025 é considerada confirmada, mas detalhes específicos, como o uso de GPUs ou TPUs do Google, permanecem incertos, conforme apontado por analistas do Morgan Stanley. Projeções sobre o impacto do acordo no crescimento do Google Cloud ou na competição com o ChatGPT são especulativas e devem ser tratadas com cautela.
Esse movimento da OpenAI sinaliza uma nova fase na corrida pela IA, onde a necessidade de infraestrutura pode unir até mesmo os maiores rivais. A parceria com o Google Cloud pode acelerar o desenvolvimento de novos modelos de IA, beneficiando usuários do ChatGPT e de outros serviços da OpenAI. Resta saber como essa colaboração moldará o futuro do setor.
O que você acha dessa parceria entre OpenAI e Google? Como ela pode impactar o futuro da IA? Deixe sua opinião nos comentários e participe da discussão!
Fontes: Ars Technica, Reuters, Financial Times, Scotiabank, Morgan Stanley