Na manhã desta quarta-feira, 18 de junho de 2025, às 08:28 JST, o debate sobre o impacto da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho ganhou novos contornos com declarações opostas de líderes do setor de tecnologia. Dario Amodei, CEO da Anthropic, uma empresa especializada em IA, expressou preocupação ao afirmar, durante uma conferência da Wired em Londres, que a tecnologia poderia eliminar até 50% das vagas de nível administrativo nos próximos cinco anos. Em contrapartida, Jensen Huang, CEO da Nvidia, rejeitou essa visão pessimista em uma entrevista à Bloomberg, defendendo que a IA transformará essas carreiras, gerando novas oportunidades à medida que as empresas aumentem sua produtividade.
Amodei baseou sua previsão em análises internas da Anthropic, sugerindo que a automação de tarefas rotineiras, como gerenciamento de planilhas e agendamento de reuniões, poderia reduzir drasticamente a demanda por profissionais administrativos. Ele destacou que a rápida evolução de modelos de linguagem e ferramentas de automação, como os desenvolvidos pela própria Anthropic, está acelerando esse processo. A declaração gerou debates entre especialistas, com alguns alertando para a necessidade de políticas de requalificação profissional, conforme reportado pela Reuters.
Por outro lado, Huang, conhecido por liderar a Nvidia ao topo do mercado de chips para IA, ofereceu uma perspectiva mais otimista. Em sua entrevista, ele argumentou que a adoção da IA permitirá às empresas expandir suas operações, criando novos papéis que exigirão habilidades avançadas, como supervisão de sistemas inteligentes e desenvolvimento de estratégias baseadas em dados. “A IA não substitui empregos; ela os redefine”, afirmou Huang, apontando exemplos de indústrias como manufatura e saúde, onde a tecnologia já está impulsionando a criação de vagas especializadas. Essa visão foi reforçada por um relatório da TechCrunch, que citou o crescimento de 15% em contratações de cargos técnicos em empresas que investiram em IA nos últimos dois anos.
O embate entre os dois CEOs reflete uma divisão maior na indústria sobre o futuro do trabalho. Enquanto Amodei enfatiza os riscos de curto prazo, Huang foca nos benefícios de longo prazo, sugerindo que a produtividade aumentada por IA pode levar a um ciclo de crescimento econômico. Durante a mesma conferência da Wired, Amodei reconheceu que a transição será desafiadora, especialmente para trabalhadores sem acesso a treinamento, enquanto Huang defendeu investimentos em educação tecnológica como solução. A Nvidia, por exemplo, anunciou em maio de 2025 uma parceria com universidades para capacitar 100 mil profissionais em IA até 2030, conforme detalhado pela Bloomberg.
Dados do setor indicam que a adoção de IA já transformou mais de 10 milhões de empregos globalmente desde 2020, segundo estimativas da Reuters, com uma mistura de perdas e ganhos dependendo do setor. Na Ásia, onde a automação está ganhando força, o impacto tem sido particularmente notável, com empresas japonesas reportando uma redução de 20% em cargos administrativos, mas um aumento de 30% em posições de TI, conforme citado pela TechCrunch. Essa dualidade reforça o argumento de Huang de que a IA cria um mercado dinâmico, embora exija adaptação rápida.
Aviso de transparência: As informações desta matéria foram confirmadas por declarações oficiais de Dario Amodei e Jensen Huang, além de reportagens da Wired, Bloomberg, Reuters e TechCrunch. As previsões e dados refletem análises de fontes primárias e estão atualizados até 18 de junho de 2025.
O que você acha sobre o impacto da IA no mercado de trabalho? Compartilhe sua visão nos comentários e participe do debate!
Fontes: Wired, Bloomberg, Reuters, TechCrunch, Declarações oficiais