🚀 Nave japonesa revela mistério do enxofre no espaço

Nave japonesa revela mistério do enxofre no espaço
Imagem ilustrativa

Uma missão espacial conjunta entre a JAXA (Agência Espacial do Japão), NASA (EUA) e ESA (Europa) acaba de revelar um dos maiores mistérios químicos do cosmos: para onde vai o enxofre no espaço interestelar? Utilizando o novo observatório de raios-X XRISM, cientistas descobriram que o enxofre assume formas inesperadas fora da Terra, o que pode mudar nossa compreensão da química da Via Láctea.

O estudo, publicado recentemente no The Astrophysical Journal Letters, utilizou os primeiros dados do XRISM (X-Ray Imaging and Spectroscopy Mission), lançado em setembro de 2023. A missão tem como um de seus objetivos primários explorar a composição dos elementos em ambientes extremos, como remanescentes de supernovas e nuvens interestelares.

Enxofre desaparecido

Durante décadas, astrônomos observaram que os níveis de enxofre no espaço eram muito mais baixos do que o esperado com base na abundância do elemento no universo. Esse “sumiço” do enxofre intrigava pesquisadores, já que ele desempenha um papel vital na formação de planetas e moléculas orgânicas.

Com a altíssima resolução do espectrômetro Resolve, a bordo do XRISM, foi possível detectar que o enxofre se liga a grãos de poeira cósmica em formas químicas difíceis de observar em missões anteriores. Isso explica por que ele parecia “ausente” nas medições: não estava desaparecido, mas escondido em estados sólidos ou compostos mais complexos.

Química cósmica em ação

Segundo Dr. Akio Hoshino, pesquisador da JAXA e coautor do estudo, “essa descoberta nos ajuda a entender melhor como os elementos essenciais à vida são distribuídos e reciclados na galáxia”. O enxofre é um dos elementos básicos da vida e está presente em aminoácidos e proteínas, o que torna sua presença (ou ausência) relevante até mesmo na busca por vida em outros planetas.

O estudo também demonstrou como a composição química muda quando os elementos saem do estado gasoso e se prendem a partículas sólidas no espaço. Isso pode afetar não só a formação de estrelas e planetas, mas também a interpretação de dados de outros telescópios.

Papel do XRISM e futuro das observações

O XRISM é considerado um dos observatórios espaciais mais avançados da atualidade, e sua missão é entender os processos mais energéticos e extremos do universo. Diferente de telescópios ópticos, ele capta raios-X, que são emitidos por fenômenos de alta energia como buracos negros, supernovas e galáxias ativas.

A equipe do projeto destaca que esse é apenas o começo. Novas observações do XRISM devem explorar mais elementos “escondidos” e contribuir para a chamada arqueoquímica cósmica — o estudo da origem e evolução dos elementos no universo.

Com essa descoberta, a missão não apenas resolve um mistério de décadas, como também abre caminho para novas teorias sobre como os ingredientes da vida se espalham pelas galáxias. Além disso, reforça o protagonismo do Japão nas grandes colaborações científicas internacionais na área espacial.

Você já imaginou que o enxofre da sua comida pode ter vindo de uma estrela? O que mais o universo ainda esconde? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe essa descoberta!

Fontes utilizadas:
The Astrophysical Journal Letters, JAXA, NASA, ESA, Nature Astronomy

Nota de transparência:
Esta matéria se baseia em publicações oficiais das agências espaciais JAXA, NASA e ESA, além de artigos revisados por pares. Todos os dados foram verificados diretamente nos estudos primários e fontes oficiais.

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