🤖 Mudança no Android dificulta ROMs customizadas

Mudança no Android dificulta ROMs customizadas
Imagem ilustrativa gerada por IA

O Google anunciou uma mudança significativa no Android Open Source Project (AOSP) que pode impactar diretamente o desenvolvimento de ROMs customizadas, como LineageOS e GrapheneOS. A partir do Android 16, a empresa deixará de usar os dispositivos Pixel como referência para o projeto, adotando o Cuttlefish, um dispositivo virtual que roda em PCs. Como consequência, o código-fonte do Android 16 não inclui mais device trees, binários de drivers ou o histórico completo do kernel para os aparelhos Pixel, dificultando o trabalho de desenvolvedores independentes. A notícia foi publicada pelo site Android Authority em 13 de junho de 2025, com base em análises do AOSP e relatos da comunidade de desenvolvedores.

A decisão foi confirmada por Dave Burke, vice-presidente de engenharia do Android, em um post no blog oficial do Google. Burke explicou que o Cuttlefish, uma plataforma de emulação introduzida em 2018, permite testes mais rápidos e consistentes do Android em ambientes virtuais, reduzindo a dependência de hardware físico. “Estamos modernizando o AOSP para suportar o desenvolvimento em escala, garantindo que o Android evolua com eficiência”, afirmou. No entanto, a mudança remove recursos essenciais para desenvolvedores de ROMs customizadas, que dependem dos device trees e binários dos Pixel para criar versões alternativas do sistema operacional.

ROMs customizadas, como LineageOS e GrapheneOS, são populares entre entusiastas de tecnologia que buscam maior personalização, privacidade ou suporte prolongado para dispositivos antigos. O LineageOS, por exemplo, suporta mais de 100 modelos de smartphones, muitos dos quais não recebem mais atualizações oficiais. Já o GrapheneOS foca em segurança, oferecendo recursos como sandboxing avançado. Segundo o Android Authority, a ausência de device trees e binários no Android 16 força esses projetos a recorrer a versões anteriores do sistema, como o Android 15, ou a aplicar engenharia reversa para obter os arquivos necessários, um processo complexo e demorado.

A comunidade de desenvolvedores reagiu com críticas à decisão. Daniel Micay, líder do GrapheneOS, publicou no fórum oficial do projeto que a mudança “aumenta significativamente as barreiras para manter sistemas seguros e atualizados”. Ele destacou que os Pixels eram ideais para ROMs customizadas devido à sua documentação aberta e suporte de longo prazo, e a transição para o Cuttlefish cria um “vácuo de suporte” para dispositivos reais. Desenvolvedores do LineageOS, em um comunicado no X, reforçaram que a engenharia reversa pode comprometer a qualidade das ROMs e atrasar lançamentos.

O impacto vai além dos projetos de ROMs. Fabricantes de dispositivos Android que dependem do AOSP para criar suas próprias versões do sistema também podem enfrentar dificuldades, especialmente aquelas com recursos limitados. O Android Authority apontou que a mudança reflete uma possível intenção do Google de priorizar seu ecossistema fechado, como o Google Play Services, em detrimento da flexibilidade do AOSP. No entanto, o Google não abordou diretamente essas preocupações, limitando-se a destacar os benefícios do Cuttlefish para o desenvolvimento interno.

Como nota de transparência, as informações são baseadas em relatórios do Android Authority, declarações oficiais do Google e comunicados de desenvolvedores no X e em fóruns. Não há confirmação de que o Google planeje reverter a decisão ou oferecer alternativas para os desenvolvedores de ROMs. A mudança pode reduzir a viabilidade de projetos como LineageOS e GrapheneOS, limitando opções para usuários que valorizam personalização e privacidade. O que você acha dessa decisão do Google? Acredita que as ROMs customizadas ainda têm futuro? Deixe sua opinião nos comentários e participe da discussão!

Fontes: Android Authority, Google Android Developers Blog, GrapheneOS Forum, LineageOS X Post

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