
Em um anúncio feito em 15 de julho de 2025, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, revelou planos ambiciosos para a construção de dois megaprojetos de infraestrutura de inteligência artificial (IA): o Hyperion, um data center com capacidade de até 5 gigawatts (GW) em Richland Parish, Louisiana, e o Prometheus, um supercluster de 1 GW que entrará em operação em New Albany, Ohio, em 2026. Esses projetos posicionam a Meta como uma das líderes na corrida por superinteligência, competindo diretamente com gigantes como OpenAI, Google, Anthropic e xAI. O Hyperion, com uma área comparável a grande parte da ilha de Manhattan, será o coração do Meta Superintelligence Lab, uma nova divisão focada em desenvolver modelos de IA de ponta, enquanto o Prometheus marcará a Meta como uma das primeiras empresas a operar um cluster de IA dessa escala.
Zuckerberg, em uma postagem no Threads, destacou que a Meta está investindo “centenas de bilhões de dólares” para construir infraestrutura de computação capaz de impulsionar a superinteligência. Ele enfatizou que o Meta Superintelligence Lab terá “os níveis de computação líderes do setor e, de longe, a maior capacidade de computação por pesquisador”. O Hyperion, que deve atingir 2 GW de capacidade até 2030 e escalar para 5 GW nos anos seguintes, será equipado com tecnologias avançadas, como resfriamento líquido e arquitetura de rede de alto desempenho, para suportar o treinamento de modelos de IA complexos, como a série Llama. O Prometheus, por sua vez, contará com cerca de 1,3 milhão de GPUs NVIDIA H100, fornecendo mais de 2 exaflops de potência computacional de precisão mista, superando significativamente o AI Research SuperCluster (RSC) da Meta, lançado em 2022 com aproximadamente 5 exaflops.
A escala desses projetos é impressionante, mas também levanta preocupações significativas. Segundo estimativas, o Hyperion e o Prometheus consumirão energia suficiente para abastecer milhões de residências, colocando pressão sobre as redes elétricas locais. Ashley Gabriel, porta-voz da Meta, confirmou que o Hyperion será construído em Richland Parish, onde a empresa já anunciou um investimento de US$ 10 bilhões. No entanto, experiências anteriores da Meta, como o data center em Newton County, Geórgia, que causou escassez temporária de água devido à demanda por resfriamento, sugerem que os impactos locais podem ser consideráveis. Especialistas apontam que data centers de IA podem representar até 20% do consumo de energia dos EUA até 2030, levantando questões sobre sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
A Meta está adotando uma estratégia agressiva para competir no cenário de IA. Além da infraestrutura, a empresa contratou talentos de peso, como Alexandr Wang, ex-CEO da Scale AI, e Daniel Gross, ex-CEO da Safe Superintelligence, para liderar o Meta Superintelligence Lab. Zuckerberg também ofereceu pacotes de até US$ 200 milhões a engenheiros de empresas como OpenAI, Google DeepMind e Apple, demonstrando um esforço para atrair os melhores profissionais do setor. A Meta adquiriu 49% da Scale AI por cerca de US$ 30 bilhões, reforçando sua capacidade de rotulagem de dados, essencial para treinar modelos de IA avançados.
Apesar do entusiasmo, os projetos enfrentam críticas. Especialistas e analistas, conforme reportado pela The New York Times e Bloomberg, alertam para os desafios ambientais e sociais. A dependência de fontes de energia tradicionais, como turbinas a gás no Prometheus, e o uso intensivo de água para resfriamento levantam preocupações sobre sustentabilidade. Além disso, Sam Altman, CEO da OpenAI, questionou o compromisso de longo prazo da Meta com a superinteligência, sugerindo que a empresa pode mudar de foco, como fez com o metaverso, que resultou em perdas de cerca de US$ 60 bilhões. A Meta, no entanto, afirma estar “exclusivamente posicionada” para liderar a superinteligência, graças aos seus recursos financeiros, experiência em hardware de IA e capacidade de entregar produtos para bilhões de usuários.
A Meta garante que os clusters Hyperion e Prometheus seguirão padrões rigorosos de privacidade, com dados isolados da internet e transmissão criptografada. A empresa também mantém seu compromisso com o open-source, utilizando plataformas como PyTorch e o Open Compute Project, o que pode beneficiar a comunidade de desenvolvedores. No entanto, a decisão de abandonar o modelo open-source Behemoth em favor de uma alternativa fechada, conforme reportado pelo The New York Times, indica uma mudança estratégica para proteger sua propriedade intelectual.
Os projetos Hyperion e Prometheus representam um marco na evolução da IA, mas também destacam os desafios de equilibrar inovação tecnológica com responsabilidade ambiental e social. A transparência sobre o impacto energético e os planos para mitigar danos às comunidades locais será essencial. O que você acha dessa nova era de superinteligência liderada por megaprojetos de IA? Deixe sua opinião nos comentários e acompanhe o Tutitech para mais notícias sobre tecnologia e inovação!
Fontes: TechCrunch, Reuters, Bloomberg, The New York Times, SemiAnalysis, Comunicado Oficial da Meta