
Um estudo recente revelou um dado alarmante sobre o comportamento de jovens motoristas nos Estados Unidos: adolescentes passam, em média, 21,1% do tempo ao volante utilizando o celular. A pesquisa foi divulgada pelo site CNET e envolveu mais de 1.100 adolescentes com carteira de motorista válida, revelando um padrão preocupante de distração digital enquanto dirigem.
Os dados mostram que os principais motivos para o uso do aparelho durante a condução são:
- Entretenimento (como redes sociais, vídeos e música): 65%
- Envio de mensagens (texto ou aplicativos de bate-papo): 40%
- Navegação por GPS: 30%
O estudo também chama atenção para a duração dessas distrações. Em mais de 25% dos casos, os jovens permanecem olhando para a tela por dois segundos ou mais — um tempo considerado extremamente perigoso, especialmente em velocidades de rodovia. Para se ter uma ideia, dois segundos a 100 km/h correspondem a percorrer mais de 55 metros sem atenção à estrada, o equivalente a meio campo de futebol.
Os especialistas em segurança viária destacam que o uso de celulares ao dirigir é uma das principais causas de acidentes entre motoristas jovens, superando até mesmo o consumo de álcool em algumas regiões. Segundo a Administração Nacional de Segurança no Trânsito dos EUA (NHTSA), a distração ao volante responde por milhares de mortes todos os anos, e adolescentes estão entre os grupos mais vulneráveis.
Outro ponto ressaltado pelo estudo é a falsa sensação de controle. Muitos jovens acreditam que conseguem “administrar” o uso do celular enquanto dirigem, especialmente se estiverem apenas trocando mensagens rápidas ou ajustando o GPS. No entanto, os dados mostram que mesmo ações aparentemente simples aumentam drasticamente o risco de colisões, principalmente quando realizadas com frequência.
Apesar de campanhas educativas, aplicativos de bloqueio de tela e legislações que proíbem o uso de celular ao volante, os adolescentes continuam encontrando formas de burlar as restrições. Alguns entrevistados afirmaram que deixam o celular no colo ou no painel do carro, para manter o aparelho à vista sem necessariamente segurar com as mãos — o que ainda configura uma forma de distração perigosa.
Autoridades e educadores reforçam a importância de programas de conscientização direcionados a jovens motoristas, além de envolver pais, escolas e plataformas digitais nesse esforço. Entre as sugestões estão o uso de modos de direção automática em smartphones, sistemas de monitoramento familiar e campanhas mais realistas nas redes sociais, com depoimentos de vítimas de acidentes.
Com a crescente dependência digital entre os mais jovens, especialistas afirmam que a segurança no trânsito precisa ser repensada para essa nova realidade, onde o celular se tornou uma extensão da rotina – inclusive ao volante.
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Fontes:
CNET, NHTSA, especialistas em segurança viária dos EUA