🤖🐶 IA Pode Conversar com Pets? Novo Centro em Londres Investiga

IA Pode Conversar com Pets?
Imagem ilustrativa

Em 30 de setembro de 2025, o Jeremy Coller Centre for Animal Sentience, sediado na London School of Economics and Political Science (LSE), iniciará suas atividades com um projeto ambicioso: explorar como a inteligência artificial (IA) pode permitir que humanos “conversem” com seus animais de estimação. Financiado com £4 milhões pela Jeremy Coller Foundation, o centro interdisciplinar reúne especialistas em neurociência, filosofia, ciência veterinária, psicologia comparativa, ciência comportamental, ciência da computação, economia e IA. No entanto, o diretor inaugural do centro, o professor Jonathan Birch, alerta que, apesar do potencial transformador, a tecnologia pode gerar respostas enganosas, o que seria “desastroso” para o bem-estar dos pets.

A iniciativa do centro foca na ciência da senciência animal, ou seja, a capacidade dos animais de sentir emoções e sensações. Um dos projetos mais destacados é o uso de IA para interpretar sinais de animais de estimação, como latidos, miados ou comportamentos, e traduzi-los em mensagens compreensíveis para os humanos. Em entrevista ao The Guardian, publicada em 12 de julho de 2025, Birch explicou: “Gostamos que nossos pets exibam características humanas, e com a chegada da IA, a forma como eles poderão ‘falar’ conosco alcançará um novo nível.” No entanto, ele advertiu que modelos de linguagem avançados, como os usados em chatbots, frequentemente geram respostas que agradam os usuários, mas não refletem a realidade objetiva.

Um exemplo prático desse risco é a ansiedade de separação em cães. Proprietários muitas vezes desejam ouvir que seus pets estão bem quando deixados sozinhos, mas um aplicativo de “tradução” baseado em IA poderia fornecer respostas reconfortantes, ignorando sinais reais de sofrimento. “Isso pode causar danos ao bem-estar animal se os donos confiarem em informações falsas”, afirmou Birch ao TechSpot em 14 de julho de 2025. Para evitar tais problemas, o centro planeja desenvolver diretrizes éticas globais para o uso responsável de IA em interações com animais, um campo atualmente sem regulamentação.

O projeto também se inspira em iniciativas anteriores. Em maio de 2024, a Jeremy Coller Foundation, em parceria com a Universidade de Tel Aviv, lançou o Coller Dolittle Challenge, oferecendo US$ 10 milhões para avanços em comunicação bidirecional com animais. Segundo Jeremy Coller, presidente da fundação, em entrevista ao The Guardian em 31 de maio de 2024, “assim como a Pedra de Roseta desvendou hieróglifos, a IA pode desbloquear a comunicação entre espécies.” Pesquisas recentes já usaram algoritmos de aprendizado de máquina para decodificar grunhidos de porcos e vocalizações de roedores, indicando emoções como estresse, o que reforça o potencial da tecnologia.

Além da comunicação com pets, o centro investigará o impacto da IA em outros contextos, como agricultura e veículos autônomos. Por exemplo, um relatório da TechSpot, publicado em 14 de julho de 2025, destacou a falta de debate sobre colisões de carros autônomos com animais, como o caso de um veículo Waymo que atropelou um cão em 2023. Na agricultura, a IA tem sido usada para otimizar fazendas, mas muitas vezes sem considerar o bem-estar animal, como no caso de tecnologias da Huawei aplicadas à suinocultura em 2021. O centro planeja propor códigos de prática para essas áreas.

Críticos, como Robert Seyfarth, professor emérito da Universidade da Pensilvânia, questionam a capacidade da IA de interpretar comunicações animais sem um conhecimento profundo de seus contextos sociais. Em entrevista ao The Guardian em 31 de maio de 2024, ele afirmou: “Nenhuma quantidade de programação em IA substitui o conhecimento detalhado da sociedade em que os animais se comunicam.” Apesar disso, Clara Mancini, da Open University, defendeu a plausibilidade da IA em decifrar comunicações animais, conforme reportado na mesma matéria.

O centro também visa contribuir para a compreensão da consciência humana. Kristin Andrews, uma das curadoras do centro, disse ao The Independent em 13 de julho de 2025 que estudar a senciência em animais pode esclarecer questões como o que torna os humanos conscientes e como reativar a consciência em casos de emergências médicas, como acidentes vasculares cerebrais.

Aviso de transparência: As informações sobre o Jeremy Coller Centre for Animal Sentience e o uso de IA em comunicação com animais foram verificadas em fontes confiáveis, incluindo artigos do The Guardian, The Independent, TechSpot e declarações oficiais da LSE e da Jeremy Coller Foundation. Críticas e preocupações éticas são baseadas em entrevistas publicadas, mas o impacto real da IA na comunicação com pets ainda está sob investigação e não foi plenamente validado.

O que você acha da possibilidade de conversar com seu pet usando IA? Deixe seu comentário e compartilhe suas expectativas ou preocupações!

Fontes: The Guardian, The Independent, TechSpot, Jeremy Coller Foundation, LSE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Rolar para cima