🤔 Hyundai cobra por atualização de segurança contra ataques via “Game Boy hacker” no Ioniq 5

Hyundai cobra por atualização de segurança contra ataques via "Game Boy hacker" no Ioniq 5
Imagem ilustrativa

A Hyundai está no centro de uma polêmica no Reino Unido após anunciar que a atualização de segurança cibernética para o Ioniq 5, seu SUV elétrico, será cobrada separadamente dos proprietários. O valor? Cerca de US$ 65 (aproximadamente R$ 340). Embora pareça modesto, o que está em jogo é a proteção contra um ataque digital que pode destravar o carro com um dispositivo semelhante a um Game Boy.

O ataque e o “Game Boy dos ladrões”

A vulnerabilidade que motivou a atualização foi descoberta por pesquisadores de segurança e também por ladrões sofisticados. Trata-se de um dispositivo portátil, vendido no mercado negro por mais de US$ 20 mil, capaz de quebrar os protocolos sem fio utilizados no sistema de travamento remoto de veículos Hyundai.

O dispositivo simula os sinais de chave presentes no ar, capturando e retransmitindo códigos de desbloqueio com um nível de precisão assustador — tudo em questão de segundos. Sua aparência lembra um console portátil antigo, como o Game Boy, o que lhe rendeu o apelido informal de “Game Boy Hacker”.

Atualização opcional… mas essencial

O que tem causado indignação é o fato de que a atualização de segurança é considerada “opcional”, mesmo sendo essencial para proteger o carro contra invasões. A Hyundai justificou a cobrança dizendo que o ataque é um problema em evolução, e que a correção é uma solução subsidiada, ou seja, parcialmente financiada pela própria empresa.

A medida contrasta com decisões de outras montadoras, que costumam liberar esse tipo de patch de forma gratuita — especialmente quando envolve riscos diretos à integridade do veículo ou de seus ocupantes.

E no Brasil?

O Ioniq 5 já é comercializado no Brasil, com destaque entre os carros elétricos de alto padrão. No entanto, a Hyundai não confirmou se essa mesma cobrança será aplicada aos clientes brasileiros, nem se a vulnerabilidade afeta os modelos vendidos por aqui. Considerando que muitos desses carros compartilham o mesmo sistema de travamento por rádio frequência, é possível que a ameaça também esteja presente.

Enquanto isso, especialistas em cibersegurança recomendam evitar estacionar o veículo em locais isolados, usar bloqueadores de sinal, e verificar regularmente atualizações no sistema da central multimídia, mesmo que o aviso não seja explícito.

Um novo dilema na era dos carros conectados

O episódio levanta um debate importante sobre quem deve arcar com os custos da segurança digital em veículos modernos. Se antes a proteção se limitava a alarmes e trancas, agora os carros precisam de firewalls, criptografia e atualizações constantes — e nem sempre essas melhorias são gratuitas.

O caso do Ioniq 5 serve como alerta: a vulnerabilidade digital dos automóveis não é mais ficção científica, e os consumidores precisam estar atentos não apenas ao que o carro oferece, mas também ao que pode ser explorado contra ele.

Você pagaria por uma atualização de segurança cibernética no seu carro? Ou acredita que esse custo deveria ser da montadora? Deixe sua opinião com a gente!

Fontes: Hyundai UK, BBC, Wired, Automotive News Europe, The Register

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