
Os usuários do Google One no Brasil receberam uma notícia inesperada neste início de 2025: a assinatura do serviço de armazenamento em nuvem da Google sofreu um reajuste significativo, com aumentos de até 28,21% em alguns planos. A mudança, que entrou em vigor para novos assinantes em 18 de fevereiro de 2025, será aplicada aos clientes atuais a partir de 21 de março de 2025, afetando tanto os planos mensais quanto os anuais. Segundo a empresa, o ajuste reflete flutuações nas taxas de câmbio e já impacta outros 17 países, como Japão, Austrália e México. Para quem depende do Google One para armazenar fotos, e-mails e arquivos no Gmail, Google Drive e Google Fotos, é hora de reavaliar os custos e benefícios.
Detalhes do aumento de preços
O Google One oferece opções que vão desde o plano Básico, com 100 GB, até o Premium, com 2 TB, e o reajuste atingiu a maioria dessas modalidades. O plano Básico, por exemplo, passou de R$ 7,49 para R$ 9,99 por mês (aumento de 33,38%) e de R$ 74,99 para R$ 99,99 no pagamento anual. Já o plano Padrão, de 200 GB, subiu de R$ 11,99 para R$ 14,99 mensais e de R$ 119,99 para R$ 149,99 anuais. O maior impacto foi no plano Premium de 2 TB, que agora custa R$ 49,99 por mês (antes R$ 38,99, um salto de 28,21%) e R$ 499,90 por ano (antes R$ 389,90). Esses valores são para contratações diretas com o Google; assinaturas via App Store da Apple podem ser ainda mais caras.
Curiosamente, nem todos os planos foram afetados. O Google One Lite, com 30 GB, lançado recentemente, manteve-se em R$ 4,50 mensais e ganhou uma opção anual de R$ 44,99. O plano AI Premium, que inclui 2 TB e acesso ao Gemini Advanced, também permaneceu intacto em R$ 96,99 por mês. Isso sugere que o Google está priorizando a estabilidade de preços em seus pacotes mais acessíveis e premium com foco em IA, enquanto ajusta os planos intermediários.
Por que os preços subiram?
A justificativa oficial do Google é a “taxa de câmbio”. Com o real brasileiro enfrentando desvalorização frente ao dólar em 2025, a empresa alega que precisava alinhar os preços locais aos custos operacionais globais. Esse tipo de reajuste não é inédito — em 2023, o Google One já havia passado por um aumento no Brasil —, mas a magnitude atual pegou muitos usuários de surpresa. A mudança ocorre em um momento em que o armazenamento em nuvem se torna essencial, especialmente para quem usa serviços como o Google Fotos para backups automáticos ou o Gmail para e-mails volumosos.
Impacto para os usuários brasileiros
Para os assinantes, o aumento pode pesar no bolso. O plano Premium, por exemplo, agora custa quase R$ 500 ao ano, o que representa um gasto considerável para quem usa o serviço em família ou para fins profissionais. Recursos exclusivos, como o Editor Mágico do Google Fotos e chamadas prolongadas no Google Meet, continuam restritos a esse plano, o que pode justificar o custo para alguns. No entanto, quem não utiliza toda a capacidade de armazenamento pode considerar um downgrade para planos mais baratos, como o Lite ou o Básico.
Os usuários têm até 20 de março de 2025 para cancelar a assinatura sem serem cobrados pelos novos valores (ou 17 de março, no caso de assinaturas via App Store). Após essas datas, a renovação automática aplicará os preços reajustados. A opção de pagamento anual, embora mais cara no total, oferece um desconto relativo em comparação com 12 meses pagos separadamente, o que pode ser uma alternativa para quem planeja continuar com o serviço.
Alternativas ao Google One
Com o aumento, muitos brasileiros podem buscar concorrentes. O Microsoft OneDrive, por exemplo, oferece 1 TB por R$ 37,00 mensais no plano Microsoft 365 Personal, incluindo acesso ao Office. O Dropbox e o iCloud também são opções, dependendo do ecossistema preferido (Android, iOS ou multiplataforma). Cada serviço tem seus prós e contras, mas o reajuste do Google One pode incentivar uma migração, especialmente entre usuários menos dependentes das ferramentas integradas do Google.
Reação do público e o que esperar
Nas redes sociais, a recepção ao aumento não foi positiva. Muitos expressaram frustração com a falta de opções intermediárias mais flexíveis, enquanto outros questionaram se os benefícios justificam o novo preço. O Google, por sua vez, garante que os serviços permanecem inalterados, mas não descarta futuros ajustes conforme o mercado e a economia evoluem. Para 2025, a tendência é que serviços em nuvem continuem encarecendo, refletindo a crescente demanda por armazenamento digital.
Conclusão: vale a pena continuar com o Google One?
O aumento de até 28% no Google One no Brasil reflete os desafios de um mercado globalizado, mas também força os usuários a repensarem suas escolhas. Para quem depende da integração com Gmail, Drive e Fotos, o serviço ainda oferece valor. Porém, avaliar alternativas ou ajustar o plano pode ser uma estratégia inteligente diante dos novos custos. Com a data de aplicação se aproximando, agora é o momento de decidir: manter, reduzir ou buscar outra solução.
Fontes: Tecnoblog, Google Support, Canaltech, The Verge.