
O Google revelou um novo e ambicioso plano para acelerar a transição energética nos Estados Unidos: a empresa investirá em três projetos de energia nuclear avançada, com foco em tecnologias limpas, seguras e sustentáveis para o futuro da geração elétrica. O anúncio marca um passo decisivo da gigante da tecnologia rumo ao seu objetivo de operar 100% com energia livre de carbono até 2030.
A parceria se dará em colaboração com a startup Oklo, a empresa X-Energy, e a desenvolvedora de tecnologias nucleares Kairos Power — todas envolvidas em reatores nucleares de próxima geração, com propostas que vão além dos modelos tradicionais e que prometem menor risco, menor custo e maior eficiência.
Por que o Google está investindo em energia nuclear?
O Google tem sido uma das empresas mais ativas em adotar energias renováveis, como solar e eólica. No entanto, essas fontes são intermitentes — ou seja, dependem de condições climáticas. A energia nuclear, especialmente em suas versões avançadas, é estável e previsível, oferecendo uma solução complementar para garantir fornecimento contínuo de energia limpa.
Com o crescimento acelerado da demanda computacional — impulsionada por IA, data centers, e serviços em nuvem — o Google quer garantir que essa expansão não comprometa seus compromissos ambientais.
Os três projetos apoiados
- Oklo Inc. Focada em reatores rápidos compactos que utilizam combustível reciclado. Seu projeto mais avançado, o “Aurora Powerhouse”, visa gerar até 15 MW de energia com autonomia de até 10 anos sem reabastecimento.
- X-Energy Desenvolve reatores modulares de alta temperatura (HTGRs), ideais para aplicações industriais e fornecimento contínuo de energia para redes urbanas. Conta com apoio do Departamento de Energia dos EUA.
- Kairos Power Trabalha com reatores refrigerados a sal fundido (FHR), uma tecnologia emergente que combina segurança passiva com eficiência térmica elevada.
Impacto ambiental e energético
Se bem-sucedidos, esses projetos podem representar uma revolução na forma como grandes empresas de tecnologia operam seus data centers. A combinação de energia nuclear avançada com controle digital, inteligência artificial e modularidade pode permitir que empresas como o Google construam infraestruturas autossuficientes, mesmo em regiões remotas.
Além disso, o investimento ajuda a estimular a indústria nuclear norte-americana, que há décadas sofre com estagnação e altos custos. A nova geração de reatores busca resolver essas questões com engenharia inovadora, materiais mais resistentes e processos de construção simplificados.
Visão de futuro
O Google pretende utilizar os resultados desses projetos como modelo global para empresas e governos que buscam descarbonizar sua matriz energética. A empresa também destaca que está em diálogo com reguladores para acelerar o licenciamento seguro dessas tecnologias e garantir transparência em todas as etapas.
Este movimento segue tendências observadas também em outras gigantes da tecnologia. A Microsoft, por exemplo, já manifestou interesse em usar energia nuclear modular para alimentar data centers em áreas com infraestrutura limitada.
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Fontes:
Google Sustainability Blog, Oklo, X-Energy, Kairos Power, Departamento de Energia dos EUA, The Verge, Bloomberg