🔐 Golpe de CAPTCHA falso instala malware e rouba seus dados

Nos últimos meses, uma nova ameaça cibernética tem ganhado destaque: páginas de CAPTCHA falsas que sequestram a área de transferência dos usuários para instalar malwares do tipo infostealer. Esses malwares são projetados para roubar informações sensíveis, como credenciais de login, dados financeiros e conteúdo de carteiras de criptomoedas.

Como funciona o golpe

O ataque geralmente começa quando o usuário acessa um site que oferece conteúdo popular, como filmes, músicas ou notícias. Ao tentar acessar o conteúdo, o site solicita que o usuário prove que não é um robô, apresentando um CAPTCHA falso. Após marcar a caixa de verificação, o usuário é instruído a seguir etapas adicionais incomuns, como:

1. Pressionar as teclas Windows + R para abrir a caixa de diálogo “Executar”.

2. Pressionar Ctrl + V para colar um comando previamente copiado para a área de transferência sem o conhecimento do usuário.

3. Pressionar Enter para executar o comando.

O comando colado é, na verdade, uma instrução maliciosa que utiliza o “mshta.exe” do Windows para baixar e executar um arquivo de um domínio controlado pelos atacantes. Esse arquivo contém um comando PowerShell codificado que baixa e executa o malware infostealer, como o Lumma Stealer ou o SecTopRAT, projetados para roubar dados sensíveis do sistema infectado. 

Evolução e alcance do ataque

Inicialmente, esses ataques eram direcionados a indivíduos específicos que poderiam fornecer aos cibercriminosos acesso a empresas-alvo. No entanto, a popularidade dessa técnica cresceu tanto que agora qualquer pessoa pode se deparar com essas armadilhas online. Milhares de sites foram comprometidos ou criados especificamente para disseminar esses CAPTCHAs falsos, expondo um grande número de usuários ao risco de infecção. 

Como se proteger

Para evitar cair nesse tipo de golpe, é essencial adotar as seguintes medidas de segurança:

• Desconfie de instruções incomuns: Sites legítimos nunca solicitarão que você abra a caixa de diálogo “Executar” ou insira comandos no seu sistema.

• Utilize soluções de segurança atualizadas: Mantenha um software antivírus ativo que possa bloquear sites e scripts maliciosos.

• Use extensões de navegador de confiança: Extensões que bloqueiam domínios maliciosos e golpes podem adicionar uma camada extra de proteção.

• Desative o JavaScript em sites desconhecidos: Embora possa afetar a funcionalidade de alguns sites, desativar o JavaScript pode impedir a execução de scripts maliciosos.

Como desativar o JavaScript nos principais navegadores

• Chrome:

1. Acesse “Configurações”.

2. Clique em “Privacidade e segurança” e depois em “Configurações do site”.

3. Selecione “JavaScript” e desative a opção.

• Firefox:

1. Digite “about:config” na barra de endereços e pressione Enter.

2. Procure por “javascript.enabled”.

3. Altere o valor para “false”.

• Edge:

1. Vá para “Configurações”.

2. Clique em “Cookies e permissões de site”.

3. Selecione “JavaScript” e desative a opção.

• Safari:

1. Acesse “Safari” e depois “Configurações”.

2. Clique na aba “Segurança”.

3. Vá em “Conteúdo Web” e desmarque “Ative Javascript”

Considerações finais

A sofisticação desses ataques destaca a importância de estar sempre vigilante ao navegar na internet. Seguir instruções inesperadas ou incomuns pode levar à instalação de malwares perigosos que comprometem sua privacidade e segurança. Mantenha-se informado sobre as ameaças atuais e adote práticas seguras para proteger seus dados pessoais.

Fontes:

Malwarebytes, TechRadar, Netskope, BleepingComputer, Guardio Labs