
A inteligência artificial Gemini 2.5 Pro, desenvolvida pelo Google, no dia 4 de maio de 2025, alcançou um feito impressionante ao completar o clássico jogo Pokémon Blue, lançado em 1996 para o Game Boy. O marco, celebrado pelo CEO do Google, Sundar Pichai, em uma postagem no X, destaca o potencial da IA em tarefas complexas, como navegação em jogos de RPG. O projeto, conduzido por Joel Z, um engenheiro de software independente, demonstra como a Gemini pode processar informações visuais e tomar decisões estratégicas, mesmo com desafios que exigem planejamento de longo prazo.
O experimento, transmitido ao vivo no Twitch sob o nome “Gemini Plays Pokémon”, utilizou um emulador mGBA integrado ao Gemini 2.5 Pro. O sistema recebia capturas de tela do jogo com sobreposições de dados, como mapas e informações do estado do jogo, permitindo que a IA analisasse o ambiente e decidisse as próximas ações. A Gemini também contava com agentes especializados para tarefas específicas, como batalhas ou navegação, e um sistema de resumo de memória a cada 100 ações para gerenciar os limites de tokens. Apesar de intervenções mínimas do desenvolvedor, como correções de bugs conhecidos do jogo, a IA demonstrou autonomia notável, completando o jogo após centenas de horas de jogatina.
Pokémon Blue, com sua mecânica de exploração, batalhas estratégicas e objetivos de longo prazo, é um teste ideal para avaliar as capacidades de raciocínio de modelos de IA. O sucesso da Gemini contrasta com o desempenho da Claude, da Anthropic, que ainda não concluiu Pokémon Red, embora comparações diretas sejam difíceis devido a diferenças nas ferramentas de suporte. O projeto não visa apenas exibir proezas em jogos, mas explorar como modelos de linguagem podem lidar com tarefas ambíguas e multifacetadas, habilidades cruciais para aplicações em assistentes virtuais, automação e até pesquisa científica.
A conquista da Gemini 2.5 Pro reflete os avanços do Google em IA, com foco em raciocínio lógico, processamento multimodal e integração em produtos como Google Search e Assistant. Sundar Pichai destacou o projeto como um exemplo do potencial da Gemini para resolver problemas reais, enquanto o engenheiro Joel Z enfatizou que o sistema está em evolução, com planos para melhorar a gestão de memória e permitir jogatinas sem interrupções. A iniciativa também inspirou comparações com outros modelos, como Claude, e abriu debates sobre o uso de jogos clássicos como benchmarks para IA, oferecendo uma maneira divertida de avaliar progresso tecnológico.
No Japão, onde Pokémon é um ícone cultural, a notícia gerou entusiasmo entre fãs de tecnologia e games. A habilidade da Gemini de navegar por cenários como o Mt. Moon ou derrotar a Elite Four mostra como a IA pode aprender a interagir com ambientes dinâmicos, um passo rumo a sistemas mais inteligentes e adaptáveis. O projeto também destaca a importância de colaborações entre desenvolvedores independentes e grandes empresas, unindo inovação de base com recursos de ponta.
Embora o feito seja impressionante, Joel Z alerta que não deve ser visto como um benchmark definitivo, já que a Gemini contou com ferramentas personalizadas, como minimapas e intervenções ocasionais. Ainda assim, o experimento sinaliza um futuro promissor para a IA em tarefas que exigem criatividade e estratégia. À medida que o Google avança com a Gemini, espera-se que ela se torne uma ferramenta ainda mais poderosa para consumidores e desenvolvedores.
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Fontes: TechCrunch, Cryptopolitan, India Today