
O WhatsApp, aplicativo de mensagens mais usado do mundo, voltou ao centro de uma polêmica. Attaullah Baig, ex-executivo de cibersegurança da Meta, acusou a empresa de expor bilhões de usuários a riscos sérios de privacidade e segurança. Segundo ele, cerca de 1.500 engenheiros teriam acesso irrestrito a dados sensíveis, como contatos e endereços IP, sem controles adequados de proteção.
Baig afirma ainda que mais de 100 mil contas eram invadidas diariamente e que, mesmo diante da gravidade, a companhia não corrigia os problemas de forma efetiva. O ex-executivo diz ter alertado repetidas vezes a alta liderança, incluindo o próprio Mark Zuckerberg, mas suas recomendações teriam sido ignoradas. Em fevereiro deste ano, ele acabou demitido sob a justificativa de “baixo desempenho”.
Meta nega acusações
Em resposta, a Meta nega as acusações e afirma que investe continuamente em ferramentas de segurança e proteção da privacidade de seus usuários. A empresa argumenta que os acessos internos seguem protocolos rígidos e que incidentes de invasão são combatidos de maneira sistemática. Ainda assim, o caso reforça questionamentos antigos sobre a forma como grandes companhias de tecnologia lidam com dados pessoais.
Impacto para os usuários
As declarações de Baig levantam um ponto sensível: a confiança. O WhatsApp tem mais de 2 bilhões de usuários em todo o mundo, e qualquer indício de negligência em sua proteção pode gerar ondas de desconfiança. Para o público ocidental, que já acompanha debates sobre criptografia de ponta a ponta e vigilância digital, esse episódio pode acelerar discussões sobre regulação mais dura e responsabilização das Big Techs.
Especialistas também destacam que a denúncia chega em um momento em que governos da Europa e dos EUA ampliam a pressão sobre empresas de tecnologia em temas de proteção de dados. Casos assim podem servir de combustível para reforçar legislações e aumentar as exigências de transparência.
O que está em jogo
A disputa de narrativas entre Baig e a Meta expõe uma questão maior: até que ponto os usuários podem confiar que suas conversas, fotos e informações pessoais estão realmente protegidas? Se confirmadas, as falhas citadas mostram um cenário preocupante em que até medidas básicas de cibersegurança teriam sido negligenciadas.
E você, sente confiança ao usar aplicativos como o WhatsApp? Ou acredita que empresas como a Meta precisam ser mais transparentes sobre a forma como tratam seus dados? Compartilhe sua opinião nos comentários!
Fontes: Declarações de Attaullah Baig, Meta, análises de especialistas em segurança digital