🇪🇺 Europa ativa seu 1º supercomputador exascale

Europa ativa seu 1º supercomputador exascale
Imagem ilustrativa gerada por IA

A Europa acaba de entrar para o seleto grupo de regiões com acesso à computação exascale, um marco tecnológico que representa a capacidade de realizar mais de um quintilhão de operações por segundo (ou 10¹⁸ FLOPS). O feito foi alcançado com a entrada em operação do supercomputador JUPITER, oficialmente inaugurado na Alemanha e já listado na 4ª posição do ranking TOP500 divulgado em junho.

Com a ativação do JUPITER, a União Europeia dá um passo importante em direção à autonomia tecnológica e ao fortalecimento de sua infraestrutura científica. O supercomputador foi desenvolvido no âmbito da EuroHPC JU (Joint Undertaking), iniciativa conjunta entre a Comissão Europeia e estados-membros, com apoio de centros de pesquisa e universidades.

JUPITER é um sistema do tipo modular e heterogêneo, construído com foco em eficiência energética, alto desempenho e escalabilidade. Ele está instalado no Forschungszentrum Jülich, um dos maiores centros de pesquisa da Alemanha, e utiliza processadores gráficos e vetoriais de última geração, capazes de lidar com grandes volumes de dados simultaneamente.

Desde sua ativação, o JUPITER já vem sendo utilizado em simulações científicas de alta complexidade, especialmente no contexto do ambicioso projeto Destination Earth (DestinE). Essa iniciativa busca criar gêmeos digitais do planeta, ou seja, modelos computacionais altamente precisos da Terra, com o objetivo de monitorar fenômenos ambientais, prever desastres naturais e estudar o impacto de atividades humanas no clima.

A exaescala permite que esses modelos funcionem com resoluções sem precedentes, incorporando dados em tempo real e simulando o comportamento de sistemas atmosféricos, oceânicos e geológicos em detalhes muito mais refinados. Além disso, o poder computacional do JUPITER também está sendo explorado em áreas como pesquisa de novos materiais, física quântica, saúde e inteligência artificial aplicada.

Segundo os organizadores do projeto, a conquista representa mais do que apenas velocidade de processamento: ela consolida a Europa como protagonista em um campo até então dominado por Estados Unidos, China e Japão. Vale lembrar que os supercomputadores exascale anteriores — como o Frontier (EUA), Fugaku (Japão) e LUMI (Finlândia, pré-exascale) — já vinham liderando rankings globais, mas a chegada do JUPITER mostra que o continente europeu está disposto a competir no mais alto nível.

Um aspecto estratégico da iniciativa é o uso ético e sustentável da tecnologia. O JUPITER foi projetado para operar com alta eficiência energética e será utilizado em grande parte por consórcios públicos e científicos, evitando aplicações militares ou comerciais restritas. A transparência no uso de seus recursos é uma diretriz central do projeto.

A expectativa é de que, nos próximos meses, novos avanços sejam incorporados ao sistema, tornando-o ainda mais robusto e acessível a pesquisadores de toda a União Europeia. Parcerias com centros de pesquisa externos também estão previstas, ampliando o impacto global da máquina.

E você, acredita que supercomputadores como o JUPITER podem ajudar a enfrentar os desafios ambientais do planeta? Deixe seu comentário e compartilhe com quem gosta de tecnologia de ponta!

Fontes:

EuroHPC, Forschungszentrum Jülich, Destination Earth, TOP500

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