🤖 Estudo da Microsoft mostra que maioria das pessoas erra ao tentar distinguir imagens reais de IA

Estudo da Microsoft mostra que maioria das pessoas erra ao tentar distinguir imagens reais de IA
Imagem ilustrativa

Uma pesquisa global conduzida pela Microsoft Research revelou que a maioria das pessoas tem dificuldade em identificar corretamente imagens geradas por inteligência artificial. O estudo, divulgado no final de julho de 2025, apontou que os participantes obtiveram uma taxa média de acerto de apenas 62%, mesmo diante de imagens cuidadosamente selecionadas para evitar tanto os exemplos extremamente fáceis quanto os excessivamente enganosos.

A pesquisa envolveu mais de 12.500 voluntários de diferentes países, que foram convidados a classificar imagens como reais ou geradas por IA. Ao todo, foram aplicadas cerca de 287 mil avaliações individuais, abrangendo uma variedade de temas comumente encontrados na internet — incluindo retratos, paisagens, cenas urbanas e objetos do cotidiano.

Como foi feito o estudo

O time de pesquisadores da Microsoft selecionou imagens produzidas por modelos generativos modernos, como DALL·E, Midjourney e Stable Diffusion, ao lado de fotografias reais extraídas de bancos de imagem profissionais e redes sociais públicas. A metodologia evitou propositalmente casos extremos — como imagens com distorções óbvias ou truques gráficos excessivos — para medir com mais precisão a percepção visual em cenários realistas.

Os voluntários precisavam julgar, sem ajuda externa, se cada imagem apresentada era genuína (fotografia real) ou sintética (gerada por IA). As imagens foram exibidas em resolução padrão, em formatos semelhantes aos que circulam diariamente nas redes sociais, sites de notícias e apps de mensagens.

Principais resultados

Os dados obtidos revelam limites claros na capacidade humana de distinguir conteúdos visuais autênticos dos fabricados por algoritmos. Os percentuais de acerto variaram de acordo com o tipo de imagem:

  • Retratos humanos gerados por IA foram mais facilmente detectados, com taxa de acerto superior a 65%.
  • Paisagens naturais obtiveram apenas 59% de acerto, revelando grande dificuldade em discernir entre fotos reais e imagens sintéticas de florestas, montanhas ou céus.
  • Cenas urbanas e ambientes construídos, como ruas, prédios e interiores, tiveram taxa de acerto de 61%.

Os pesquisadores apontam que a dificuldade aumenta especialmente quando as imagens geradas por IA reproduzem imperfeições realistas, como sombras suaves, distorções óticas e variações de iluminação típicas da fotografia tradicional.

Implicações sociais e tecnológicas

A crescente sofisticação das ferramentas de geração de imagens por IA levanta preocupações quanto à disseminação de desinformação visual, principalmente em plataformas abertas, onde o conteúdo é consumido rapidamente e fora de contexto.

Para a pesquisadora-chefe do projeto, Hanna Lindgren, da Microsoft Research Cambridge, “o estudo mostra que até mesmo usuários atentos e bem-intencionados podem ser enganados visualmente por sistemas generativos. Precisamos urgentemente de ferramentas de rastreabilidade de conteúdo e marcações visuais confiáveis.”

O estudo também reforça a importância do alfabetismo visual e digital, especialmente em ambientes educacionais e contextos jornalísticos. Em paralelo, grandes plataformas como Google, Meta e OpenAI vêm anunciando iniciativas para inserir marcas d’água digitais invisíveis ou metadados que possam ajudar a identificar conteúdos gerados por IA.

Nota de transparência

Esta matéria foi baseada no estudo publicado oficialmente pela Microsoft Research em julho de 2025, com dados e metodologia revisados por pares. Também foram utilizadas fontes confirmadas como MIT Technology Review, The Verge, Wired e a própria publicação no repositório científico arXiv.org. Todos os dados foram verificados com rigor e não há inclusão de informações especulativas.

Você acredita que conseguiria identificar uma imagem falsa feita por IA? Já foi enganado por alguma? Comente abaixo e compartilhe sua experiência com nossos leitores!

Fontes: Microsoft Research, MIT Technology Review, The Verge, Wired, arXiv.org

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