🩻📱 Estudo aponta falhas de smartwatches na medição de estresse

Estudo aponta falhas de smartwatches na medição de estresse
Imagem ilustrativa

Um estudo recente revelou que smartwatches podem não ser tão precisos quanto se imagina na hora de medir níveis de estresse. A pesquisa acompanhou, durante três meses, 800 jovens adultos que utilizavam o Garmin Vivosmart 4, um dos modelos populares entre os adeptos de tecnologia vestível. O objetivo era comparar as leituras de estresse fornecidas pelo dispositivo com os relatos feitos pelos próprios usuários, em tempo real.

Os resultados surpreenderam. Foi encontrada pouca correlação entre o que o relógio indicava e o que as pessoas realmente sentiam. Em 25% dos casos, a situação foi ainda mais crítica: o aparelho registrou estados emocionais opostos aos sentidos no momento. Isso significa que, para um quarto dos voluntários, um período de calma podia ser interpretado como alto estresse pelo smartwatch — e vice-versa.

Segundo os pesquisadores, o problema está na forma como esses dispositivos estimam o nível de estresse. O Garmin Vivosmart 4, assim como muitos outros modelos no mercado, utiliza a frequência cardíaca como principal parâmetro. Embora seja verdade que o coração reage a diferentes estímulos emocionais, essa relação não é direta nem universal. Fatores como exercícios físicos, consumo de cafeína ou até mesmo uma conversa animada podem elevar os batimentos cardíacos sem que a pessoa esteja, de fato, estressada.

Para ilustrar, imagine medir o humor de alguém apenas pelo tom de voz. Uma voz acelerada pode indicar nervosismo, mas também pode ser resultado de empolgação ou pressa. Do mesmo modo, a frequência cardíaca sozinha não é suficiente para capturar a complexidade das emoções humanas.

O estudo não pretendeu desqualificar o uso de smartwatches, mas sim alertar para seus limites. Os pesquisadores destacaram que, embora esses dispositivos sejam úteis para monitorar tendências gerais de saúde, eles não devem ser vistos como diagnósticos precisos de estado emocional. A recomendação é que usuários combinem os dados do aparelho com autoavaliações e, quando necessário, consultas médicas ou psicológicas.

A pesquisa também levanta questões importantes sobre o futuro da tecnologia vestível. Para alcançar maior precisão, será necessário integrar múltiplos sinais fisiológicos — como variação da frequência cardíaca, condutância da pele e padrões de respiração — e associá-los a análises mais avançadas, possivelmente com suporte de inteligência artificial treinada para reconhecer padrões individuais.

Até lá, a promessa de “medir seu estresse com um toque no pulso” ainda parece mais próxima do marketing do que da ciência.

Você confia nas medições de estresse do seu smartwatch? Já notou discrepâncias entre o que ele mostra e o que você realmente sente? Conte sua experiência e vamos discutir juntos.

Fontes:
Relatório oficial da pesquisa, declarações dos pesquisadores envolvidos

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