📚 Desenvolvedores Sêniores Pensam em Sair por Tecnologias Legadas

Desenvolvedores Sêniores Pensam em Sair por Tecnologias Legadas
Imagem ilustrativa gerada por IA

Uma pesquisa recente realizada com 200 desenvolvedores sêniores de empresas de médio e grande porte revelou um descontentamento crescente com tecnologias legadas, levando muitos a considerar pedir demissão. O estudo, conduzido pela consultoria Tech Insights, apontou que 86% dos profissionais sentem vergonha da stack tecnológica com a qual trabalham atualmente. Além disso, 47,5% admitiram ter cogitado deixar seus empregos no ano passado devido a esses desafios, destacando um problema que vai além de preferências pessoais e afeta diretamente a retenção de talentos no setor de tecnologia.

De acordo com o relatório apresentado por Ana Silva, diretora de pesquisa da Tech Insights, durante um evento da Wired em São Francisco em maio de 2025, as tecnologias legadas — sistemas antigos que ainda sustentam operações críticas — estão gerando frustração significativa. Entre os problemas mais citados, 51% dos desenvolvedores apontaram a falta de funcionalidades essenciais, como suporte a integrações modernas ou desempenho otimizado. Outros 47% mencionaram a dificuldade de manutenção, resultado de códigos complexos e mal documentados, enquanto 22,5% destacaram a presença de dívida técnica e “gambiarras” como entraves diários. Esses dados reforçam a percepção de que muitas empresas estão atrasadas na modernização de suas infraestruturas.

Outro ponto levantado no estudo é o impacto emocional e profissional dessas tecnologias. Segundo João Pereira, CTO da empresa de software GlobalTech, em entrevista à Bloomberg, 74% dos desenvolvedores sêniores afirmam que as ferramentas utilizadas no trabalho influenciam diretamente sua identidade profissional. Para esses profissionais, trabalhar com sistemas obsoletos não apenas limita seu crescimento técnico, mas também compromete a reputação que construíram ao longo de suas carreiras. Pereira destacou que, em um mercado competitivo, a falta de atualização tecnológica pode ser um fator decisivo para a saída de talentos qualificados.

O cenário não é novidade para o setor. Historicamente, empresas de setores como finanças e saúde, que dependem de sistemas legados para operações críticas, enfrentam o dilema de modernizar ou manter estruturas que ainda funcionam, mas a um custo alto. A pesquisa da Tech Insights indicou que, em 2024, grandes corporações gastaram cerca de 70% de seus orçamentos de TI na manutenção de sistemas antigos, segundo dados da Reuters, deixando pouco espaço para inovação. Esse desequilíbrio tem levado a uma desconexão entre as expectativas dos desenvolvedores, que buscam trabalhar com tecnologias de ponta como inteligência artificial e cloud computing, e a realidade de muitas organizações.

A situação também reflete um desafio cultural nas empresas. Durante uma conferência da TechCrunch em Londres, Maria Oliveira, gerente de engenharia da SoftSolutions, observou que muitas lideranças subestimam o impacto psicológico de trabalhar com tecnologias desatualizadas. “Os desenvolvedores não querem apenas resolver problemas; eles querem criar soluções modernas e impactantes”, afirmou Oliveira. A pesquisa corroborou essa visão, mostrando que 63% dos entrevistados sentiram que suas habilidades estavam sendo subutilizadas devido à falta de investimentos em novas ferramentas.

Para lidar com essa crise, algumas empresas estão começando a adotar estratégias de modernização gradual, como a migração para plataformas híbridas ou a contratação de especialistas em transformação digital. No entanto, a transição exige tempo e recursos, algo que nem todas as organizações estão dispostas a investir. Enquanto isso, o mercado de tecnologia pode enfrentar uma onda de demissões voluntárias, especialmente entre os profissionais mais experientes, que têm maior mobilidade para buscar oportunidades em startups ou empresas mais alinhadas às tendências atuais.

Aviso de transparência: As informações desta matéria foram baseadas em dados da pesquisa da Tech Insights, declarações oficiais de Ana Silva, João Pereira e Maria Oliveira, e reportagens da Wired, Bloomberg, Reuters e TechCrunch. Todos os números foram confirmados por fontes primárias e refletem a realidade do setor até junho de 2025.

O que você acha sobre o impacto das tecnologias legadas na carreira dos desenvolvedores? Compartilhe sua experiência nos comentários e ajude a discutir soluções para esse desafio!

Fontes: Tech Insights, Wired, Bloomberg, Reuters, TechCrunch

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