🤖⚡️ Consumo de energia por IA pode superar mineração de Bitcoin

Consumo de energia por IA pode superar mineração de Bitcoin
Imagem ilustrativa gerada por IA

O avanço acelerado da inteligência artificial está trazendo à tona um novo desafio global: o consumo energético crescente dos data centers dedicados a essas tecnologias. Segundo uma análise recente conduzida pelo pesquisador Alex de Vries-Gao, especializado em economia digital e sustentabilidade, os centros de dados voltados para IA poderão ultrapassar a mineração de Bitcoin em uso de eletricidade até o final de 2025.

A estimativa, divulgada em entrevista e relatório citados pelo site The Verge, aponta que os data centers utilizados para processar grandes modelos de IA, como aqueles utilizados em sistemas de linguagem natural e imagens generativas, devem atingir um consumo global de 23 gigawatts até o fim de 2025. Esse número ultrapassa os atuais 20 gigawatts estimados para toda a operação global de mineração de Bitcoin.

Alex de Vries-Gao, que conduz suas pesquisas no campo da sustentabilidade digital, baseou suas projeções principalmente na análise da cadeia produtiva de chips especializados em IA. Um dos destaques da pesquisa é o crescimento da capacidade de produção da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), uma das maiores fabricantes de semicondutores do mundo. Entre 2023 e 2024, a TSMC teria dobrado sua capacidade de fabricação de chips avançados voltados para IA, o que, segundo o pesquisador, demonstra o ritmo agressivo de expansão da infraestrutura de hardware para essa finalidade.

A energia elétrica consumida pelos centros de dados de IA decorre principalmente da necessidade de alimentar milhares de GPUs (unidades de processamento gráfico) de alto desempenho, que operam continuamente em tarefas como treinamento e inferência de modelos. Diferente dos data centers convencionais, as instalações para IA são muito mais exigentes em termos térmicos e de processamento, o que exige sistemas robustos de refrigeração, aumentando ainda mais a demanda energética.

Comparativamente, a mineração de Bitcoin é uma atividade conhecida por seu elevado consumo de eletricidade, resultado do processo de prova de trabalho (Proof of Work), que exige cálculos computacionais intensivos para validar transações. Durante anos, esse setor foi criticado por seu impacto ambiental. Agora, o foco da preocupação está se deslocando para os sistemas de IA, que têm crescido exponencialmente à medida que empresas como OpenAI, Google, Microsoft e Meta disputam espaço na corrida pela inteligência artificial generativa.

Apesar da previsão de que a IA supere a mineração de criptomoedas em uso de energia, especialistas alertam que o impacto real depende de vários fatores. Isso inclui o uso de fontes renováveis, a eficiência energética das novas gerações de chips e servidores, bem como regulações que venham a ser impostas por governos. No entanto, segundo De Vries-Gao, o ritmo atual sugere que as infraestruturas de IA caminham para um cenário de consumo intensivo, a menos que medidas sustentáveis sejam adotadas de forma ampla.

Importante ressaltar que a projeção de De Vries-Gao ainda é uma estimativa baseada em tendências de mercado e produção industrial. Embora os números sejam considerados plausíveis por especialistas da área, ainda não há uma confirmação oficial por parte de órgãos reguladores ou órgãos internacionais de energia.

As empresas responsáveis por esses avanços, como a própria TSMC, Nvidia (que produz as GPUs utilizadas em larga escala) e grandes corporações de tecnologia, vêm sendo pressionadas por ambientalistas e governos a demonstrar planos concretos de compensação e mitigação de impacto ambiental. Ainda assim, a velocidade com que os sistemas de IA estão sendo implantados levanta preocupações sobre o equilíbrio entre inovação e sustentabilidade.

Com o uso da IA crescendo não apenas em grandes empresas, mas também em serviços ao consumidor, assistentes pessoais e até em setores públicos, a infraestrutura de suporte precisa ser pensada com responsabilidade ambiental. Casos como este evidenciam a importância de debater o custo energético da revolução digital em curso, para que o futuro da tecnologia seja não apenas inteligente, mas também sustentável.

Nota de transparência: Esta matéria se baseia em uma estimativa feita pelo pesquisador Alex de Vries-Gao, conforme divulgado pelo site The Verge. Os números citados não foram confirmados por órgãos reguladores internacionais e devem ser interpretados como projeções analíticas baseadas em dados industriais.

Você acredita que a inteligência artificial deve ser limitada por seu impacto ambiental? Compartilhe sua opinião nos comentários e acompanhe mais notícias tecnológicas aqui no nosso site!

Fontes:

The Verge, Alex de Vries-Gao, TSMC, estimativas de consumo energético global

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