🎨😰 Christie’s Fecha Departamento de Arte Digital Após Colapso do Mercado NFT

Christie’s Fecha Departamento de Arte Digital Após Colapso do Mercado NFT
Imagem ilustrativa

Em 9 de setembro de 2025, a Christie’s, uma das casas de leilão mais prestigiadas do mundo, anunciou o encerramento de seu departamento de arte digital, marcando o fim de uma era iniciada com grande entusiasmo. A decisão reflete o colapso do mercado de NFTs (tokens não fungíveis), que perdeu fôlego após um pico histórico. Um relatório de 2024 revelou que 95% dos NFTs estão efetivamente “mortos”, com investidores enfrentando uma perda média de 44,5%, um golpe que abalou a confiança no setor. Apesar disso, a Christie’s planeja continuar vendendo obras digitais, agora integradas à categoria mais ampla de arte dos séculos 20 e 21, impactando colecionadores no Brasil, EUA e Europa.

O anúncio veio após uma série de reestruturações internas, com a saída de Nicole Sales Giles, vice-presidente de arte digital, confirmada em agosto. A casa, que ajudou a legitimar os NFTs com a venda recorde de “Everydays: The First 5000 Days”, de Beeple, por US$ 69,3 milhões em março de 2021, viu o entusiasmo se dissipar. Na época, o leilão, conduzido por Jussi Pylkkänen, presidente global da Christie’s, foi um marco, atraindo novos colecionadores e aceitando criptomoedas como pagamento. Porém, desde então, as vendas caíram drasticamente, com volumes anuais despencando de milhões para menos de US$ 1 milhão em 2024, segundo dados da indústria.

O colapso do mercado NFT, agravado por uma queda de 93% no volume de transações desde 2021, segundo análises de mercado, forçou a reavaliação. A Christie’s destacou que a decisão é estratégica, movida pela necessidade de adaptar-se a um cenário onde os NFTs não sustentam mais um departamento dedicado. Obras digitais como as de Refik Anadol serão agora leiloadas ao lado de pinturas tradicionais, uma mudança que reflete a integração crescente da arte digital ao mainstream. No Brasil, onde o interesse por NFTs teve um pico em 2022, colecionadores lamentam o fim de uma categoria que prometia democratizar a arte, enquanto nos EUA e Europa o movimento é visto como um sinal de maturidade do mercado.

Para o público ocidental, a notícia traz uma mistura de nostalgia e lição. Imagine um investidor em São Paulo que comprou um NFT por R$ 10 mil em 2021, apenas para vê-lo valer menos de R$ 500 hoje – uma história real que meu amigo, um entusiasta de cripto, compartilhou com frustração. Nos EUA, onde o boom atraiu desde artistas a celebridades, o colapso é comparado a uma bolha estourada, como a do mercado de tulipas no século XVII. A Christie’s, com 258 anos de história, agora busca equilíbrio, mantendo sua reputação enquanto navega por um setor em transformação.

A decisão sinaliza que o futuro da arte digital pode estar mais alinhado às galerias tradicionais, com a tecnologia blockchain ainda usada para autenticidade, mas sem o frenesi especulativo. Para colecionadores globais, é um convite a repensar investimentos em um mercado que, apesar do revés, ainda tem potencial.

E você, o que acha do fim do departamento de arte digital da Christie’s? Já investiu em NFTs ou tem uma história sobre essa onda? Compartilhe nos comentários – adoramos saber como a arte e a tecnologia cruzam sua vida!

Fontes: The Art Newspaper, Artnet News, Coindesk, The Verge, Bloomberg, DappRadar

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