
Engenheiros da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desenvolveram um chip portátil capaz de detectar infartos do miocárdio de forma rápida e precisa. O dispositivo utiliza biossensores para identificar biomarcadores específicos no sangue, como a troponina T e a proteína C reativa (CRP), que são liberados durante eventos cardíacos. A inovação promete agilizar o diagnóstico, especialmente em ambientes com recursos limitados.
A pesquisadora Laíse Oliveira Resende, doutora em Ciências com ênfase em Engenharia Biomédica e Cardiologia pela UFU, liderou o projeto. Sua tese, intitulada “Avaliação de sinais eletrofisiológicos e desenvolvimento de imunossensores para detecção de troponina T e proteína C reativa”, foi premiada pela Boston Scientific na categoria Desenvolvimento de Tecnologias e Inovação em Saúde, reconhecendo sua aplicabilidade no Sistema Único de Saúde (SUS) .
O dispositivo é baseado em tecnologia de microfluídica e sensores de grafeno, permitindo a detecção dos biomarcadores em tempo real. A análise é realizada por meio de interações antígeno-anticorpo, possibilitando a quantificação das biomoléculas com alta sensibilidade e especificidade. O chip pode ser integrado a dispositivos móveis ou utilizado por profissionais de saúde em campo, facilitando o diagnóstico precoce.
Segundo o cardiologista Elmiro Santos Resende, coorientador da pesquisa, o diagnóstico de infarto do miocárdio tradicionalmente requer exames laboratoriais que podem levar horas. Com o novo dispositivo, o tempo de detecção é reduzido para menos de cinco minutos, permitindo intervenções médicas mais rápidas e eficazes .
A professora Ana Graci Brito Madurro, especialista em Biotecnologia e Nanotecnologia, também contribuiu para o desenvolvimento do biossensor. Com vasta experiência na área, Madurro é responsável por diversas pesquisas voltadas para a criação de biossensores aplicáveis no diagnóstico de doenças humanas .
A tecnologia desenvolvida pela UFU representa um avanço significativo na medicina diagnóstica, especialmente para regiões com acesso limitado a laboratórios especializados. Além de ser de baixo custo, o chip portátil oferece uma solução eficaz para a detecção precoce de infartos, contribuindo para a redução da mortalidade por doenças cardiovasculares.
Você conhece alguém que poderia se beneficiar de diagnósticos cardíacos mais rápidos? Compartilhe esta matéria e ajude a divulgar inovações que salvam vidas. Deixe sua opinião nos comentários!
Fontes:
Universidade Federal de Uberlândia, Comunica UFU, Escavador