🤖💦 ChatGPT consome 0,32 ml de água por consulta

ChatGPT consome 0,32 ml de água por consulta
Imagem ilustrativa gerada por IA

Em uma entrevista publicada pelo site The Verge em 10 de junho de 2025, Sam Altman, CEO da OpenAI, revelou dados sobre o impacto ambiental do ChatGPT, afirmando que cada consulta média no modelo consome aproximadamente 0,32 mililitro de água e 0,34 watt-hora de energia. As declarações, feitas durante uma discussão sobre sustentabilidade na conferência Bloomberg Technology Summit, em São Francisco, destacam o esforço da OpenAI para quantificar o custo ambiental de seus modelos de inteligência artificial (IA). Altman comparou o consumo energético de uma interação com o ChatGPT ao de um forno elétrico ligado por pouco mais de um segundo ou a uma lâmpada LED de alta eficiência operando por alguns minutos. No entanto, ele não forneceu detalhes sobre a metodologia usada para chegar a esses números, o que gerou questionamentos entre especialistas.

A menção ao consumo de água é particularmente significativa, já que o uso de recursos hídricos por data centers tem atraído crescente escrutínio. Segundo Altman, os 0,32 mililitros de água por consulta refletem o impacto indireto dos sistemas de resfriamento evaporativo utilizados em data centers que hospedam o ChatGPT. Esses sistemas, comuns em instalações da Microsoft Azure – principal provedora de infraestrutura da OpenAI até recentemente – e de outros parceiros como Google Cloud, consomem água para dissipar o calor gerado por servidores. Para contextualizar, Altman sugeriu que um usuário realizando 100 consultas diárias consumiria o equivalente a um copo de água, um volume relativamente pequeno, mas que se acumula em escala global com bilhões de interações.

O consumo energético de 0,34 watt-hora por consulta também foi destacado como um avanço em eficiência. Altman comparou esse valor ao de modelos anteriores, como o GPT-3, que exigiam significativamente mais energia por interação. Ele atribuiu a redução ao uso de hardware otimizado, como GPUs de última geração, e a técnicas de compressão de modelos, como a destilação de conhecimento, que permitem maior desempenho com menos recursos computacionais. No entanto, a falta de transparência sobre como esses números foram calculados foi criticada por Shaolei Ren, professor da Universidade da Califórnia, Riverside, em entrevista ao The Verge. Ren, especialista em sustentabilidade de IA, afirmou que estimativas de consumo de água e energia variam amplamente dependendo da localização do data center, da eficiência dos sistemas de resfriamento e do tipo de hardware utilizado.

O impacto ambiental da IA é um tema em alta, especialmente após relatórios recentes sobre o consumo de recursos por grandes modelos de linguagem. Um estudo de 2024, publicado pela Nature, estimou que o treinamento de modelos como o GPT-4 pode consumir milhões de litros de água, dependendo da escala e da infraestrutura. Embora Altman não tenha abordado o consumo durante o treinamento do ChatGPT, suas declarações sobre o uso por consulta sugerem um esforço da OpenAI para mitigar críticas e promover uma imagem de responsabilidade ambiental. A empresa também anunciou, em um comunicado de imprensa em maio de 2025, um investimento de US$ 50 milhões em tecnologias de resfriamento mais eficientes para seus data centers, em parceria com a CoreWeave.

A ausência de detalhes metodológicos nas estimativas de Altman levanta questões sobre a precisão dos números. Relatórios da Reuters e da Bloomberg, que cobriram o mesmo evento, confirmaram as declarações do CEO, mas também destacaram que a OpenAI não divulgou dados brutos ou relatórios técnicos para embasar as afirmações. Além disso, posts em plataformas como X refletem ceticismo de usuários, com alguns questionando se os números são subestimados para melhorar a percepção pública da empresa. Até o momento, a OpenAI não respondeu a pedidos de esclarecimento, conforme noticiado pelo The Verge.

As declarações de Altman são confirmadas por fontes confiáveis que cobriram o Bloomberg Technology Summit, incluindo The Verge, Reuters e Bloomberg. No entanto, a falta de metodologia torna os números de 0,32 mililitro de água e 0,34 watt-hora por consulta preliminares e sujeitos a verificação independente. Projeções sobre o impacto ambiental total do ChatGPT, como o consumo anual de água ou energia, permanecem especulativas na ausência de dados mais detalhados.

As revelações de Altman abrem uma discussão importante sobre o custo ambiental da IA, especialmente em um momento em que a demanda por modelos como o ChatGPT cresce exponencialmente. A transparência sobre esses impactos será crucial para que empresas como a OpenAI mantenham a confiança do público enquanto avançam na inovação tecnológica. A comparação com eletrodomésticos comuns pode ajudar a tornar o tema mais acessível, mas apenas dados verificáveis garantirão uma avaliação precisa do impacto da IA no planeta.

O que você acha do impacto ambiental do ChatGPT? Acredita que a OpenAI deveria ser mais transparente sobre seus números? Deixe sua opinião nos comentários e participe da discussão!

Fontes: The Verge, Reuters, Bloomberg, Nature, OpenAI

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