Um novo estudo publicado no site especializado Electrek revelou que os carros elétricos movidos a bateria são significativamente mais limpos não apenas por não emitirem gases de escapamento, mas também por reduzirem drasticamente a liberação de partículas de poeira dos freios. De acordo com a pesquisa, esses veículos emitem 83% menos partículas em comparação com carros a combustão, graças ao uso de sistemas de frenagem regenerativa.
Esse tipo de frenagem, comum nos veículos elétricos, permite desacelerar o carro usando o próprio motor elétrico, que recupera parte da energia e a armazena na bateria, reduzindo a necessidade de acionamento dos freios tradicionais. Como resultado, o desgaste dos discos e pastilhas de freio diminui, e com ele a emissão de partículas metálicas e minerais — que são atualmente a maior fonte de emissões veiculares não relacionadas ao escapamento.
Impacto ambiental da poeira de freio
A poluição por partículas finas geradas pelo desgaste dos freios representa um risco silencioso. Estima-se que mais de 40% dessas partículas escapem para o ar, contribuindo para a poluição atmosférica urbana, principalmente em áreas com tráfego intenso. Essas partículas são tão finas que podem ser inaladas profundamente pelos pulmões, afetando a saúde respiratória e cardiovascular, especialmente em populações sensíveis como idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.
O estudo também analisou veículos híbridos, que combinam motor a combustão com motor elétrico. Os híbridos convencionais apresentaram redução nas emissões de freio variando entre 10% e 48%, enquanto os híbridos plug-in, que permitem recarga direta na tomada, chegaram a uma redução de até 66% — um indicativo de que quanto maior o uso do motor elétrico, menor o impacto da frenagem mecânica.
Por que isso importa?
As regulamentações ambientais ao redor do mundo têm focado majoritariamente nas emissões de escapamento, mas o novo estudo reforça que as fontes secundárias de poluição também merecem atenção. Com o avanço das tecnologias de motorização elétrica e regenerativa, surgem oportunidades não apenas de reduzir o CO₂, mas também outros poluentes invisíveis, como a poeira metálica dos freios.
A Agência Europeia do Meio Ambiente e outras entidades já haviam apontado que o material particulado gerado por freios, pneus e superfícies rodoviárias é responsável por uma parcela expressiva da poluição urbana. Os dados do novo estudo corroboram esse alerta, e mostram que a eletrificação da frota pode trazer benefícios adicionais não previstos nas métricas tradicionais de emissões.
Tendência crescente e políticas públicas
À medida que mais países adotam metas de emissões zero e proíbem gradualmente a venda de veículos a combustão, os carros elétricos e híbridos ganham destaque não apenas por sua eficiência energética, mas agora também por seu menor impacto na poluição por partículas sólidas.
Especialistas acreditam que esses dados podem influenciar novas legislações ambientais e incentivos governamentais, considerando o efeito cumulativo da poeira de freios nas cidades. Além disso, fabricantes podem acelerar a adoção de freios regenerativos mais avançados e menos dependentes de mecanismos físicos.
Aviso de transparência
As informações desta matéria foram baseadas em um estudo publicado pelo site Electrek, com dados fornecidos por pesquisadores da área ambiental e automotiva. A metodologia e os resultados estão em processo de validação por pares, e os percentuais podem variar de acordo com modelo, uso e condições climáticas. Essa matéria será atualizada conforme novas informações forem divulgadas por fontes oficiais.
Você sabia que a poeira dos freios é uma das maiores fontes de poluição urbana? O que você acha dos veículos elétricos ajudarem também nesse aspecto? Deixe sua opinião nos comentários!
Fontes:
Electrek, estudos de emissões veiculares, dados ambientais europeus