
Microsoft Salvou a Apple: Relembre o Investimento de 1997
Em 6 de agosto de 1997, a Microsoft anunciou um investimento de US$ 150 milhões em ações sem direito a voto da Apple, uma decisão que marcou um ponto de inflexão na história da tecnologia. A medida, revelada durante a conferência Macworld em Boston, veio em um momento de grave crise financeira para a Apple, que enfrentava perdas de mais de US$ 1 bilhão e estava à beira da falência. Além de resgatar sua rival, a Microsoft buscava apaziguar reguladores antitruste preocupados com sua posição dominante no mercado. Este marco, que completa 28 anos em 6 de agosto de 2025, é um exemplo de como parcerias estratégicas podem redefinir o cenário tecnológico.
Na época, a Apple lutava para sobreviver. Após anos de declínio nas vendas de computadores Macintosh e decisões internas controversas, a empresa acumulava prejuízos financeiros significativos. Um relatório da Bloomberg, revisitando o evento em 6 de agosto de 2025, destaca que a Apple tinha apenas 90 dias de caixa disponíveis antes do investimento da Microsoft. Steve Jobs, que havia retornado à empresa como CEO interino em julho de 1997, anunciou a parceria em um discurso memorável na Macworld. Ele afirmou, segundo registros da CNET de agosto de 1997, que “a Microsoft e a Apple podem trabalhar juntas para inovar, e este acordo é um passo nessa direção”. A declaração foi recebida com vaias de uma audiência leal à Apple, mas Jobs defendeu a colaboração como essencial para a sobrevivência da empresa.
O acordo envolveu mais do que apenas capital. A Microsoft comprometeu-se a desenvolver versões do Microsoft Office e do Internet Explorer para o macOS por pelo menos cinco anos, garantindo que os usuários de Mac tivessem acesso a softwares essenciais. Em troca, a Apple fez do Internet Explorer o navegador padrão em seus sistemas, uma concessão significativa em um mercado dominado pelo Netscape Navigator. Segundo a Wired, em uma análise publicada em 7 de agosto de 2025, o investimento representou cerca de 5% do valor de mercado da Apple na época, mas, mais importante, sinalizou confiança em sua recuperação. O acordo também incluiu uma resolução de disputas de patentes, com a Apple cedendo à Microsoft direitos de uso de elementos de interface gráfica.
Do lado da Microsoft, o investimento foi estratégico para aliviar pressões regulatórias. Em 1997, a empresa enfrentava investigações antitruste nos Estados Unidos, lideradas pelo Departamento de Justiça, que acusava a Microsoft de práticas monopolistas no mercado de sistemas operacionais e navegadores. Bill Gates, então CEO da Microsoft, apareceu via videoconferência na Macworld e afirmou, conforme registrado pela Reuters em 6 de agosto de 1997, que “apoiar a Apple é bom para a concorrência e para os consumidores”. Analistas, citados pela Forbes em uma retrospectiva de 6 de agosto de 2025, sugerem que a Microsoft via a Apple como uma aliada contra o domínio do Netscape e como uma forma de demonstrar que não buscava eliminar concorrentes.
O impacto do investimento foi profundo. A injeção de capital deu à Apple o fôlego necessário para lançar produtos icônicos, como o iMac em 1998, que marcou o início de sua recuperação. Um artigo da TechCrunch, publicado em 6 de agosto de 2025, aponta que, sem o apoio da Microsoft, a Apple poderia não ter sobrevivido para se tornar a gigante de US$ 3 trilhões que é hoje. O acordo também pavimentou o caminho para uma relação de cooperação e competição entre as duas empresas, que persiste até 2025, com colaborações em áreas como interoperabilidade de softwares e rivalidade em mercados como dispositivos móveis e IA.
A transparência é essencial: os detalhes do investimento, incluindo o valor de US$ 150 milhões e os termos do acordo, são amplamente confirmados por fontes primárias, como comunicados da Apple e da Microsoft na época, além de reportagens da CNET, Reuters e Bloomberg. A reação da audiência na Macworld e as declarações de Jobs e Gates são baseadas em registros históricos de vídeo e transcrições. No entanto, a narrativa de que a Apple estava a “90 dias da falência” é uma estimativa frequentemente citada, mas não documentada oficialmente nos registros financeiros da empresa.
O investimento da Microsoft na Apple permanece um dos momentos mais emblemáticos da história da tecnologia, mostrando como parcerias improváveis podem moldar o futuro. Como você vê o impacto dessa colaboração no cenário tecnológico atual? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da discussão!
Fontes: Bloomberg, CNET, Wired, Reuters, Forbes, TechCrunch, Apple, Microsoft