
Metal Gear Solid completa 26 anos como clássico cult
Lançado em 3 de setembro de 1998, o jogo revolucionou o gênero de ação furtiva e consolidou o nome de Hideo Kojima na história dos games
Em 3 de setembro de 1998, chegava ao PlayStation japonês um jogo que mudaria para sempre o conceito de narrativa nos videogames: Metal Gear Solid. Desenvolvido pela Konami e idealizado pelo então ainda pouco conhecido Hideo Kojima, o título rapidamente se tornou um clássico cult — combinando jogabilidade tática, cinemática cinematográfica e temas adultos em um pacote que surpreendeu críticos e jogadores.
Ao longo dos anos, o legado de Metal Gear Solid cresceu, com remasterizações, sequências, spin-offs e até rumores recorrentes de um remake completo. Mas foi aquele primeiro jogo em 3D — uma continuação espiritual dos títulos de 8 e 16 bits — que realmente marcou uma geração.
A mistura de cinema e game
Uma das inovações mais marcantes do jogo foi a forma como Kojima trouxe uma linguagem cinematográfica aos videogames. Desde a abertura dramática, passando pelos longos diálogos em codec, até os momentos de quebra da quarta parede (como o icônico chefe Psycho Mantis pedindo para o jogador “trocar o controle de porta”), Metal Gear Solid elevou o padrão de narrativa no meio digital.
Com gráficos poligonais que hoje parecem datados, mas na época eram considerados de ponta, o jogo oferecia uma experiência tensa, tática e envolvente. O jogador encarnava Solid Snake, um agente de elite enviado para neutralizar terroristas em uma base secreta, enfrentando ameaças tanto físicas quanto morais.
Uma revolução no stealth
Enquanto outros jogos da época focavam em ação desenfreada, Metal Gear Solid optou pela sutileza. A mecânica de se esgueirar, evitar combates diretos e usar o ambiente como aliado foi inovadora, influenciando uma geração de títulos como Splinter Cell, Hitman e The Last of Us.
Mais do que mecânicas, o jogo instigava o jogador a pensar: violência era sempre a melhor solução? Essa ambiguidade ética viria a se tornar marca registrada da franquia.
Legado e impacto cultural
26 anos depois, Metal Gear Solid ainda é citado como um dos jogos mais influentes de todos os tempos. O próprio Hideo Kojima tornou-se uma lenda viva, elevando o status de “game designer” a um patamar próximo ao de um diretor de cinema. Em eventos, palestras e redes sociais, ele é reverenciado tanto pela indústria quanto pelos fãs.
Em 2023, a Konami anunciou a coletânea Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1, reacendendo o interesse por relançamentos e remakes — incluindo rumores de uma reimaginação completa do primeiro jogo.
Uma geração marcada por Snake
Para quem cresceu nos anos 90, Metal Gear Solid não era apenas um jogo — era uma experiência cultural. Jogadores trocavam códigos secretos, discutiam teorias de enredo e imitavam a voz grave de Snake. E quem nunca tentou usar uma caixa de papelão como disfarce depois de jogar?
O tempo pode ter passado, mas a mensagem continua: “War has changed” — a guerra mudou. E os games também, graças a uma revolução silenciosa iniciada em 1998.
E você, lembra da primeira vez que jogou Metal Gear Solid? Qual foi sua parte favorita? Conte nos comentários!
Fontes:
Konami, IGN, GameSpot, The Verge, Polygon