Aconteceu no dia 19 de fevereiro de 1978

Primeiro e-mail de spam da história foi enviado em 19 de fevereiro de 1978

A tecnologia que usamos hoje para nos comunicar, trabalhar e nos entreter tem uma história cheia de marcos curiosos, e um deles aconteceu em 19 de fevereiro de 1978: o envio do primeiro e-mail de spam registrado. Esse evento, que pode parecer trivial à primeira vista, marcou o início de uma prática que se tornaria um dos maiores desafios da era digital. Publicado em fontes confiáveis como a Wired e o The New York Times, o caso reflete como uma simples mensagem promocional abriu caminho para bilhões de e-mails indesejados que inundam nossas caixas de entrada até hoje. Para os leitores do Tutitech, essa é uma oportunidade de mergulhar em um fato histórico que mudou a internet para sempre.

Naquele dia, Gary Thuerk, um funcionário da Digital Equipment Corporation (DEC), decidiu usar a ARPANET — a rede precursora da internet moderna — para enviar uma mensagem em massa. O objetivo era simples: promover uma demonstração dos novos computadores DECsystem-20, que seriam exibidos em duas cidades da Califórnia. Thuerk enviou o e-mail para cerca de 400 usuários da ARPANET, todos membros da comunidade acadêmica e militar que usavam a rede para pesquisas e troca de informações. A mensagem, embora rudimentar, continha detalhes do evento, horários e até um convite para RSVP — algo que, na época, era novidade em comunicações digitais.

O que Thuerk talvez não previsse é que sua iniciativa seria recebida com reações mistas. Alguns destinatários acharam a ideia engenhosa, mas muitos outros ficaram furiosos. A ARPANET era um espaço colaborativo, não comercial, e os usuários viam o envio em massa como uma violação das normas da rede. Um dos administradores da ARPANET, o engenheiro Jon Postel, chegou a repreender Thuerk, alertando que tal comportamento poderia comprometer a infraestrutura limitada da época. Apesar da controvérsia, o e-mail gerou resultados: a DEC faturou cerca de 13 milhões de dólares em vendas ligadas à campanha, provando que o marketing digital, mesmo em sua forma mais primitiva, tinha potencial.

Esse episódio de 19 de fevereiro de 1978 é considerado o marco zero do spam porque foi a primeira vez que uma mensagem não solicitada foi enviada em escala para uma lista de contatos despreparados. O termo “spam”, aliás, só seria cunhado anos depois, inspirado em um esquete do grupo Monty Python onde a palavra era repetida exaustivamente — uma analogia perfeita ao bombardeio de mensagens indesejadas. Hoje, o spam evoluiu de e-mails promocionais simples para golpes sofisticados, como phishing e malware, mas tudo começou com aquele envio despretensioso de Thuerk.

O impacto desse evento vai além da curiosidade histórica. Ele levanta questões sobre ética na tecnologia e o equilíbrio entre inovação e privacidade. Na década de 1970, a ARPANET tinha poucos usuários e regras flexíveis, mas o crescimento da internet trouxe a necessidade de regulações. Leis como o CAN-SPAM Act, implementado nos EUA em 2003, tentam controlar o problema, mas o spam continua sendo uma dor de cabeça global. Segundo relatórios recentes, mais de 50% dos e-mails enviados diariamente são classificados como spam, custando bilhões de dólares em produtividade perdida e segurança digital.

Para os entusiastas da tecnologia, o primeiro spam é um lembrete de como ações isoladas podem moldar o futuro. Gary Thuerk, apelidado de “pai do spam”, não tinha intenção de criar um monstro digital; ele apenas queria divulgar um produto. No entanto, sua ideia abriu as portas para o marketing digital, ao mesmo tempo em que expôs as vulnerabilidades de um mundo conectado. Hoje, filtros de spam alimentados por inteligência artificial tentam nos proteger, mas o legado daquele 19 de fevereiro de 1978 ainda ecoa em cada mensagem indesejada que deletamos.

O que acha dessa história? Será que o spam algum dia desaparecerá das nossas vidas digitais? Para o Tutitech, esse é um convite para refletir sobre como a tecnologia evolui — muitas vezes de maneiras inesperadas. Fique ligado para mais fatos e curiosidades que mostram como o passado da tech influencia nosso presente!

Fontes: Wired, The New York Times, Ars Technica

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