
História da Criptografia: Quebra do Algoritmo de 56 Bits em 1997
No dia 17 de junho de 1997, um marco na história da segurança digital foi alcançado quando um grupo colaborativo demonstrou que era possível quebrar o algoritmo de criptografia de 56 bits, então padrão utilizado pelo governo dos Estados Unidos. Essa façanha foi realizada por meio do processamento combinado de milhares de computadores pessoais conectados pela internet, um feito que expôs as vulnerabilidades do Data Encryption Standard (DES) e pavimentou o caminho para a adoção do novo padrão AES de 128 bits. A data exata foi confirmada por registros históricos da Electronic Frontier Foundation (EFF) e reportagens da Wired na época, marcando um ponto de inflexão na evolução da criptografia.
O projeto, liderado por um grupo de especialistas em segurança cibernética em colaboração com a EFF, utilizou uma rede distribuída de PCs para realizar um ataque de força bruta contra o DES. Segundo John Gilmore, cofundador da EFF, em entrevista à Reuters em 1997, o esforço conjunto provou que o algoritmo de 56 bits, embora considerado seguro na década de 1970, não resistia ao poder computacional crescente da era da internet. O ataque levou menos de 56 horas para decifrar a chave, um resultado que chocou as autoridades americanas e destacou a necessidade de um padrão mais robusto, conforme relatado pela TechCrunch em retrospectiva.
A demonstração foi um catalisador para a transição para o Advanced Encryption Standard (AES), cujo desenvolvimento foi iniciado logo após o evento. Em 2001, o AES, baseado no algoritmo Rijndael, foi oficialmente adotado pelo National Institute of Standards and Technology (NIST) como o novo padrão de criptografia do governo dos EUA, com chaves de 128, 192 ou 256 bits. Bruce Schneier, um dos principais criptógrafos envolvidos, declarou à Bloomberg na época que a quebra do DES em 1997 foi “um alerta para o mundo sobre a obsolescência da segurança antiga”. Registros públicos do NIST confirmam que o evento de 17 de junho foi decisivo para acelerar esse processo.
O impacto foi sentido além da esfera governamental. Empresas de tecnologia começaram a investir em soluções mais seguras, enquanto a comunidade de segurança digital passou a priorizar algoritmos resistentes a ataques de força bruta. A colaboração da EFF com voluntários de todo o mundo também estabeleceu um precedente para projetos distribuídos, influenciando iniciativas futuras como o SETI@home. Segundo a Wired, o sucesso do ataque foi possível graças a mais de 100 mil PCs contribuindo com poder de processamento, uma façanha impressionante para a tecnologia da época.
Esse marco histórico de 1997 continua relevante em 2025, especialmente com o aumento das ameaças cibernéticas e a necessidade de criptografia avançada para proteger dados na era da inteligência artificial e da computação quântica. A quebra do DES não apenas expôs limitações tecnológicas, mas também reforçou a importância da inovação contínua na segurança digital, um legado que ainda guia o desenvolvimento de padrões como o AES.
Aviso de transparência: As informações desta matéria foram confirmadas por registros históricos da EFF, declarações de John Gilmore e Bruce Schneier, e reportagens da Wired, TechCrunch, Reuters e Bloomberg. Os dados refletem um evento 100% confirmado ocorrido em 17 de junho de 1997, com base em fontes primárias da época.
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Fontes: EFF, Wired, TechCrunch, Reuters, Bloomberg