📅 Aconteceu no dia 14 de maio de 1975

GOES-1
Imagem ilustrativa gerada por IA

GOES-1: EUA lançam primeiro satélite climático em 1975

No dia 14 de maio de 1975, os Estados Unidos marcaram um importante avanço na história da tecnologia espacial e da meteorologia ao lançar o GOES-1 (Geostationary Operational Environmental Satellite-1), o primeiro satélite geoestacionário de uso civil voltado à observação e monitoramento climático em tempo real. O feito foi realizado pela NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), em colaboração com a NASA, e tornou-se um divisor de águas na forma como o clima passou a ser observado e previsto em escala global.

O GOES-1 foi lançado a bordo de um foguete Delta 2914 a partir da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida. Seu objetivo era estabelecer um novo padrão na coleta de dados meteorológicos, posicionando-se em órbita geoestacionária a cerca de 35.800 km acima da linha do equador. Esse tipo de órbita permite que o satélite observe continuamente a mesma área da Terra, ideal para acompanhar padrões atmosféricos, formações de tempestades, ciclones tropicais e outras variações climáticas com precisão inédita até então.

Diferente dos satélites meteorológicos de órbita polar, que passavam por diferentes regiões do planeta várias vezes por dia, o GOES-1 permaneceu estacionário sobre o mesmo ponto, permitindo um fluxo contínuo de dados visuais e infravermelhos. Essa capacidade representou um salto qualitativo na previsão do tempo, possibilitando aos meteorologistas observar o desenvolvimento de sistemas climáticos em tempo real — o que era fundamental para prevenir desastres naturais e melhorar a segurança da aviação e da navegação marítima.

O GOES-1 era equipado com sensores avançados para sua época, como a câmera VISSR (Visible Infrared Spin-Scan Radiometer), capaz de registrar imagens tanto na luz visível quanto no infravermelho. Isso permitia observar nuvens, frentes frias e quentes, tempestades tropicais e outros fenômenos com maior riqueza de detalhes, mesmo durante a noite.

Embora o satélite tenha sido lançado sob a administração da NASA, sua operação foi rapidamente transferida à NOAA, que continuou utilizando o sistema para integrar uma nova geração de monitoramento ambiental e alertas meteorológicos. O sucesso do GOES-1 levou ao desenvolvimento contínuo da série GOES, que permanece ativa até os dias atuais, com modelos muito mais sofisticados como o GOES-16 e o GOES-18.

O impacto do GOES-1 foi tão significativo que ele redefiniu os padrões de monitoramento atmosférico não apenas nos Estados Unidos, mas também em outros países que passaram a adotar satélites geoestacionários como ferramenta essencial para previsão do tempo, estudos climáticos e resposta a emergências.

Na época, a capacidade de prever furacões com maior antecedência ou acompanhar tempestades severas em tempo real era limitada. Com o GOES-1, os meteorologistas puderam emitir alertas com mais antecedência, ajudando a salvar vidas e reduzir prejuízos econômicos. Além disso, seus dados serviram de base para o aprimoramento de modelos climáticos e estudos sobre o comportamento da atmosfera terrestre.

Décadas depois, o legado do GOES-1 continua vivo. Ele não só representou uma evolução tecnológica marcante como também demonstrou o poder da tecnologia espacial quando voltada para o bem-estar coletivo. Seu lançamento em 14 de maio de 1975 permanece como um marco na história da tecnologia aplicada à meteorologia e à segurança pública.

Você sabia que o clima que vemos na TV e nos aplicativos depende desses satélites? Conte nos comentários se você já imaginava que essa tecnologia tem quase 50 anos de evolução!

Fontes:

NASA, NOAA, The Verge, Wired, TechCrunch

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