
Em 13 de janeiro de 1989, uma sexta-feira, o mundo digital enfrentou um de seus primeiros grandes desafios com a disseminação do vírus de computador conhecido como “Sexta-feira 13” ou “Jerusalem”. Detectado inicialmente na Universidade Hebraica de Jerusalém em 1987, o vírus foi programado para se ativar em todas as sextas-feiras 13, deletando arquivos executados nesses dias.
O “Sexta-feira 13” infectava arquivos com extensões “.com”, “.exe” e “.sys”, aumentando seu tamanho a cada execução e reduzindo a memória disponível no sistema, o que resultava em uma significativa lentidão no desempenho dos computadores. Sua propagação ocorreu principalmente por meio de disquetes, CD-ROMs e anexos de e-mails, afetando sistemas em mais de 100 países.
A ameaça representada por esse vírus foi tão significativa que, em 8 de outubro de 1989, o jornal The New York Times publicou uma matéria destacando as previsões catastróficas associadas ao malware. Especialistas da época, como Pamela Kane, presidente da Paralex Ltd., descreveram o “Sexta-feira 13” como “um verdadeiro assassino, um dos mais desagradáveis que já vimos”.
A emergência do vírus “Sexta-feira 13” serviu como um alerta global sobre a vulnerabilidade dos sistemas computacionais e a necessidade de medidas de segurança cibernética mais robustas. Esse incidente impulsionou o desenvolvimento de softwares antivírus e a conscientização sobre práticas seguras no uso de tecnologias digitais, marcando um ponto de inflexão na história da segurança da informação.