🧐 OpenAI acusa DeepSeek de uso indevido de dados para treinar IA

OpenAI acusa DeepSeek de uso indevido de dados para treinar IA

OpenAI acusa DeepSeek de uso indevido de dados para treinar IA

A OpenAI, renomada empresa de inteligência artificial (IA) dos Estados Unidos, afirmou possuir evidências de que a startup chinesa DeepSeek utilizou indevidamente dados de sua API para treinar modelos concorrentes. Essa prática, conhecida como “destilação”, envolve o uso de saídas de modelos avançados para aprimorar modelos menores, o que pode infringir os termos de serviço da OpenAI. 

A destilação é uma técnica comum na IA, onde modelos menores aprendem a partir das respostas de modelos maiores, permitindo eficiência em termos de recursos computacionais. No entanto, a OpenAI proíbe explicitamente o uso de suas saídas para desenvolver modelos que competem diretamente com seus produtos. A empresa está investigando se a DeepSeek violou esses termos ao utilizar dados do ChatGPT para treinar seu próprio chatbot. 

A Microsoft, parceira e investidora da OpenAI, também está envolvida na investigação. Pesquisadores de segurança da Microsoft detectaram atividades suspeitas no outono de 2024, onde indivíduos associados à DeepSeek teriam extraído grandes volumes de dados através da API da OpenAI. Essa ação pode ter violado os termos de serviço da OpenAI, que proíbem a extração automatizada de dados e o uso das saídas para desenvolver modelos concorrentes. 

David Sacks, conselheiro de inteligência artificial do governo Trump, comentou sobre o incidente, afirmando que há “evidências substanciais” de que a DeepSeek utilizou a técnica de destilação para replicar os modelos da OpenAI. Ele destacou que essa prática pode representar uma violação significativa da propriedade intelectual americana. 

A DeepSeek, por sua vez, afirmou que seu modelo R1 foi treinado utilizando sistemas de código aberto, negando o uso de modelos proprietários da OpenAI. A empresa enfatizou que modelos de IA de código aberto estão disponíveis publicamente e podem ser utilizados sem restrições legais. 

Este incidente ocorre em um momento de crescente competição no campo da inteligência artificial, especialmente entre empresas dos Estados Unidos e da China. A DeepSeek recentemente lançou seu modelo de raciocínio R1, que alcançou resultados comparáveis aos dos principais modelos americanos, mas com um custo significativamente menor. Isso gerou preocupações sobre a liderança dos EUA em IA e levantou questões sobre possíveis violações de propriedade intelectual. 

A OpenAI e a Microsoft estão colaborando com o governo dos EUA para proteger suas tecnologias avançadas e impedir o uso não autorizado por concorrentes estrangeiros. A OpenAI afirmou que grupos na China estão “ativamente trabalhando para usar métodos, incluindo a destilação, para tentar replicar modelos avançados de IA dos EUA”. A empresa está revisando evidências de que a DeepSeek pode ter utilizado indevidamente seus modelos e planeja compartilhar mais informações à medida que a investigação avança. 

Este caso destaca a complexidade das questões de propriedade intelectual no campo da inteligência artificial. Enquanto a destilação é uma prática comum para melhorar a eficiência dos modelos, seu uso para replicar modelos proprietários sem autorização levanta preocupações legais e éticas. As empresas de IA precisam equilibrar a inovação com a proteção de suas tecnologias, garantindo que seus avanços não sejam explorados indevidamente por concorrentes.

Além disso, o incidente ressalta a importância de termos de serviço claros e da vigilância contínua para garantir o cumprimento desses termos. A OpenAI e a Microsoft estão tomando medidas para reforçar suas políticas e proteger suas propriedades intelectuais contra uso não autorizado. A colaboração com o governo dos EUA indica a seriedade com que essas empresas estão abordando a questão e sua determinação em manter a integridade de suas tecnologias.

À medida que a investigação prossegue, será crucial observar como as empresas de IA e os órgãos reguladores abordarão questões de destilação e uso de dados. Este caso pode estabelecer precedentes importantes para a proteção da propriedade intelectual na era da inteligência artificial e influenciar futuras colaborações e competições no setor.

Fontes: Financial Times, Bloomberg, Fox News

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