O Ministério Público Federal (MPF) solicitou esclarecimentos à Meta sobre as recentes mudanças na política de checagem de fatos nos Estados Unidos e sua possível aplicação no Brasil.
Em 7 de janeiro de 2025, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou o fim do programa de checagem de fatos por verificadores independentes nos EUA, substituindo-o por um sistema de “Notas da Comunidade”, semelhante ao utilizado pelo X (antigo Twitter).
Preocupado com o impacto potencial dessa mudança no combate à desinformação no Brasil, o MPF enviou um ofício à Meta em 8 de janeiro de 2025, questionando se tais alterações serão implementadas no país. O órgão concedeu à empresa um prazo de 30 dias para responder.
A decisão da Meta gerou debates sobre a eficácia das “Notas da Comunidade” em comparação com a checagem profissional. Especialistas apontam que, embora a participação dos usuários possa ser valiosa, a ausência de verificadores independentes pode comprometer a qualidade e a precisão na identificação de informações falsas.
O MPF destacou a importância de compreender como essas mudanças podem afetar os usuários brasileiros e a necessidade de garantir que as políticas da Meta estejam alinhadas com o ordenamento jurídico nacional, especialmente no que tange ao combate à desinformação e à proteção dos direitos dos cidadãos.
Até o momento, a Meta não se pronunciou oficialmente sobre a extensão dessas mudanças para além dos Estados Unidos. A empresa tem enfrentado crescente pressão global para aprimorar suas políticas de moderação de conteúdo e combater a disseminação de notícias falsas em suas plataformas.