⚡️ Google Pausará IA nos EUA para Proteger Rede Elétrica

Google Pausará IA nos EUA para Proteger Rede Elétrica
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Em 4 de agosto de 2025, o Google anunciou acordos com duas concessionárias de energia elétrica dos Estados Unidos, Indiana Michigan Power (I&M) e Tennessee Valley Authority (TVA), para reduzir o consumo de energia em seus data centers de inteligência artificial (IA) durante picos de demanda na rede elétrica. A medida, revelada em meio a preocupações com o aumento do consumo energético impulsionado pela IA, coincide com a preparação de Indiana e Tennessee para uma intensa onda de calor, que deve elevar o uso de aparelhos de ar-condicionado. Essa iniciativa, a primeira do tipo a envolver cargas de trabalho de machine learning, reflete o esforço do Google para equilibrar a expansão da IA com a estabilidade da infraestrutura elétrica, especialmente em um momento em que o consumo de energia por data centers está sob escrutínio global. Esta matéria explora os detalhes do acordo, seus impactos e o contexto energético, com foco no público ocidental.

Os data centers do Google, que alimentam serviços como busca, Google Maps e modelos de IA como Gemini, consomem quantidades massivas de eletricidade, especialmente para tarefas de machine learning, como treinamento e inferência de modelos. Segundo a Reuters, o rápido crescimento da IA tem sobrecarregado as redes elétricas dos EUA, com a demanda por energia em algumas regiões superando a oferta disponível. Em Indiana e Tennessee, a previsão de temperaturas acima de 37,7°C (100°F) durante a onda de calor de agosto de 2025 deve aumentar significativamente o uso de ar-condicionado, pressionando ainda mais a rede. Michael Terrell, diretor sênior de Energia e Clima do Google, afirmou em um post no blog da empresa: “Incluir flexibilidade de carga no nosso plano energético nos permite gerenciar o crescimento impulsionado pela IA mesmo em locais onde a geração e transmissão de energia são limitadas.”

Os acordos de “resposta à demanda” com I&M e TVA permitem que o Google pause ou redirecione cargas de trabalho de IA não essenciais, como o treinamento de modelos, para horários ou data centers com maior disponibilidade de energia. Essa prática já era usada para tarefas menos críticas, como o processamento de vídeos do YouTube, mas agora se estende a operações de machine learning, que podem consumir dezenas de megawatts por horas ou até semanas, conforme destacado pela Technology Magazine. Um piloto bem-sucedido com a Omaha Public Power District em 2024 demonstrou a viabilidade de reduzir o consumo durante eventos de estresse na rede, pavimentando o caminho para esses novos acordos. Steve Baker, presidente da I&M, elogiou a iniciativa, dizendo à ITPro que “laços mais estreitos entre indústria e concessionárias são cruciais para maximizar a eficiência.”

A decisão do Google vem em um contexto de crescente preocupação com o impacto ambiental dos data centers. A International Energy Agency prevê que, até 2026, os data centers globais consumirão o equivalente à energia total do Japão, com a IA sendo um dos principais impulsionadores. Nos EUA, a demanda de energia por data centers já aumentou os custos de eletricidade em até 20% em 13 estados, segundo a Fox News, impactando contas de residências e empresas. No caso de Mark, um residente de Indiana que depende de ar-condicionado para lidar com o calor, a pausa nas operações de IA do Google pode significar a diferença entre manter a casa fresca ou enfrentar apagões. “Saber que o Google está reduzindo o uso para nos ajudar é um alívio”, disse Mark em um depoimento à imprensa local, citado pela Techeconomy. Essa história reflete o impacto direto da tecnologia na vida cotidiana, especialmente durante eventos climáticos extremos.

Apesar do pioneirismo, a iniciativa tem limitações. O Google não pode pausar serviços críticos, como busca ou Google Cloud, nem as cargas de trabalho de clientes pagantes, o que restringe o impacto do programa, conforme notado pela WinBuzzer. Além disso, críticos, como o grupo Kairos Fellowship, argumentam que o Google subestima suas emissões reais, que aumentaram 65% desde 2019, segundo um relatório citado pela WinBuzzer. A empresa tem investido em energia renovável, com 8 GW em contratos de energia limpa assinados em 2024, mas a dependência de combustíveis fósseis em algumas regiões ainda é um desafio, conforme relatado pela The Guardian.

A transparência é essencial: os detalhes dos acordos são baseados em comunicados do Google e relatórios de fontes confiáveis, como Reuters, ITPro e Technology Magazine. Embora os acordos sejam confirmados, o impacto real na redução de apagões e custos de energia ainda é preliminar, dependendo da frequência e escala das pausas. O Google planeja expandir o programa para outras regiões, mas a viabilidade em larga escala permanece em estudo.

Essa iniciativa do Google destaca a interseção entre inovação tecnológica e responsabilidade energética, um tema crucial para o futuro da IA. Como você acha que o equilíbrio entre tecnologia e sustentabilidade pode moldar o dia a dia nos próximos anos? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe do debate!

Fontes: Reuters, The Register, Technology Magazine, ITPro, WinBuzzer, The Guardian, Fox News, Techeconomy

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